Gestão Administrativa

Falta de treinamento prejudicou a safra de açúcar em Cuba

Falta de treinamento prejudicou a safra de açúcar em Cuba
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O setor de açúcar em Cuba não atingiu os índices de produção esperados para a safra de 2013/14, de acordo com informações veiculadas na imprensa do país. Embora a produção total de açúcar tenha aumentado 3%, em relação à última safra, era esperado que esse crescimento alcançasse 18% ou 1,8 milhões de toneladas de açúcar, o que esteve longe de acontecer.
As razões para um crescimento tão “tímido” pode estar na ineficiência do processo industrial, como a falta de treinamento dos trabalhadores envolvidos nas usinas de açúcar, dentre outros problemas de gestão.
Para piorar a situação, as condições climáticas foram pouco favoráveis, com umidade excessiva nos campos durante uma colheita, onde 90% da plantação foi colhida por colhedoras mecanizadas, e a temperatura alta durante o inverno e chuvas frequentes.
Especialistas acreditam que se o governo do país der incentivo para um planejamento adequado, como a seleção de sementes na época de plantio, fertilização e irrigação eficientes, além da recuperação de usinas defasadas, além da formação dos trabalhadores, o setor tem chance de “dar a volta por cima”.
Nos últimos anos, as plantações de cana-de-açúcar aumentaram mais de 20% e cerca de onze usinas de açúcar foram reabertas, graças aos incentivos governamentais. A partir disso, o setor esperava ter um aumento substancial na produção de cana-de-açúcar em pouco tempo, o que não vem acontecendo.
Apesar disso, o rendimento atual do açúcar, mesmo abaixo das expectativas, é considerado o mais alto dos últimos 22 anos, com plantações de 43 toneladas de cana por hectare, o dobro, se comparado às 23,7 toneladas por hectare de três anos atrás.
No entanto, os produtores cubanos ainda não investem nos subprodutos da cana-de-açúcar, tais como energia, etanol, alimentação animal, o que poderia dar o impulso que o setor tanto necessita, de acordo com especialistas.