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Facão machuca mais no final do dia

Confira este mês, edição completa do JornalCana com estas e outras novidades sobre o setor.

Depois de um dia inteiro trabalhando pesado debaixo de um sol forte é natural que qualquer pessoa apresente cansaço. Para o cortador de cana, no entanto, é nesse momento que a atenção tem de ser redobrada.

Informações de usinas e do Ministério do Trabalho dão conta de que o maior número de acidentes de trabalho no setor sucroalcooleiro acontece na lavoura, no procedimento de corte manual da cana e no final do expediente.

“Chega no final da tarde, o cortador trabalha com um podão e pega uma cana tombada. Junta isso com o cansaço e é aí que mora o perigo. Acontece muito a perda de dedo”, diz Ronaldo Coelho de Alvarenga, engenheiro de segurança do trabalho das usinas Santo Antônio e São Francisco.

Os casos mais graves, que chegam a levar o trabalhador à morte, no entanto, acontecem na área industrial. Não são incomuns acidentes em caldeiras, esteiras e espaços confinados como cristalizadores e evaporadores.

“Na parte industrial, quando tem acidente, é mais grave e foge da característica rural”, afirma Paulo Cristino da Silva, subdelegado do trabalho em Ribeirão Preto, que responde pela fiscalização em 36 cidades da região, representando um contingente de aproximadamente 50 mil trabalhadores em 28 usinas e destilarias e seus fornecedores de cana.

Não há dados oficiais sobre o número de acidentes do trabalho no setor. As usinas e empresas agrícolas têm controles individuais, mas não divulgam. Os dados são enviados ao INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, que não consegue computar apenas as informações relativas ao setor.

A subdelegacia do Ministério do Trabalho em Ribeirão, que foi a primeira a fazer um trabalho de fiscalização e orientação específico para o setor, até faz um controle dos casos, mas as informações recebidas do INSS são tão falhas que o subdelegado prefere nem revelar os números.

O que Paulo Cristino da Silva revela é que os dados apontam que o tipo de ferimento mais comum é o que ocorre no corte manual da cana atingindo principalmente o olho e a mão do trabalhador.

Matéria completa na edição deste mês do JornalCana.

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