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Exportações garantem estabilidade em Alagoas

Depois de duas safras com os negócios externos parados para o HTM (High Test Molasses), ou melaço de alta qualidade, a Coopertrading, que trata dos negócios externos da Cooperativa dos Produtores e Açúcar e Álcool de Alagoas, e reúne os interesses não só das unidades cooperadas, como também outras que se interessam em realizar exportações, está confirmando vendas externas de 34 mil toneladas do subproduto da cana. “Houve um reaquecimento do mercado externo, provocando a retomada dos negócios com o HTM”, explica o executivo Antonio da Silva Frazão Filho, responsável pelas operações externas da Coopertrading.

Com uma remuneração 10% acima do açúcar no final de 2.003, as vendas externas do melaço de alta qualidade para a indústria alimentícia dos Estados Unidos e Canadá representam mais uma alternativa para a estabilidade do setor em Alagoas, bem como para a confirmação dos projetos de expansão das unidades produtoras. “De todos os açúcares produzidos pelas usinas e destilarias alagoanas, 90% têm que buscar outros mercados e, como o mercado interno não absorve com boa remuneração, o mercado externo é alternativa natural”, explica Frazão Filho. E o papel da Coopertrading tem sido justamente abrir mercados para a agroindústria canavieira.

Essa responsabilidade tem tido êxito. Em 2001 realizou as primeiras exportações de álcool de Alagoas e, somados com os negócios com açúcar, respondeu pelas exportações de 35% de toda produção do setor no Estado. Um ano depois essa proporção aumentou para 52%, e agora Frazão Filho anuncia o patamar de 60% de toda produção alagoana de toda produção de açúcar e álcool. “Começamos exportando 113 milhões de litros de álcool, aumentamos para 184 milhões de litros no ano passado e estamos atingindo, agora, 250 milhões de litros”, afirma o executivo da coopertrading.

Para ele, a tendência é que as exportações sejam a sustentação para a estabilidade do setor alagoano, que vende 73% de todo açúcar que produz para a Rússia e mais da metade do álcool para a Coréia e Japão, constando outros clientes nos Estados Unidos e Nigéria, por exemplo. O executivo da Coopertrading acrescenta que os negócios externos estão balizando o planejamento das usinas e destilarias de Alagoas, oferecendo alternativas reais de mercados e negócios.

Leia na edição de janeiro do JornalCana Nordeste reportagens sobre os investimentos que estão fazendo as usinas e destilarias nordestinas e ainda qual política de atuação das entidades representativas.

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