Exportações financiam o setor no Nordeste

De cada cinco quilos de açúcar consumidos na Rússia, pelo menos um quilo sai das usinas de Alagoas. O setor, em todo Nordeste, encontrou no mercado externo uma alternativa para melhor rentabilidade. Em Alagoas, por exemplo, no ano passado, as 10 usinas e destilarias exportaram 1,4 milhão de toneladas, 111 milhões de litros de álcool e outras 126 mil toneladas de melaço (mel residual). O total dos derivados da cana, em volume, registrou números duas vezes superiores aos da safra 2.002/03, segundo relatório da Coopertrading, que trata dos negócios externos da Cooperativa dos Produtores e Açúcar e Álcool de Alagoas.

Em Pernambuco, as exportações são consideradas estratégicas para o setor. “Através dos negócios externos, é possível financiar o setor através de pré-pagamentos diante da ausência de financiamento à produção”, afirma Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar no Estado, que tem mantido negócios externos para 650 mil toneladas de açúcar anualmente, praticamente a metade de toda a produção das unidades pernambucanas

Na Paraíba, os números também demonstram importância estratégica para o setor. Segundo Eduardo Ribeiro Coutinho, presidente do Sindaçúcar do Estado, 20% dos 400 milhões de litros de álcool produzidos na safra 2.002/03 foram destinados para o mercado externo. No caso do açúcar, as exportações movimentam 40% da produção, “sendo vital para o setor, com mercados consolidados em todos os continentes”, acrescenta Ribeiro Coutinho.

Leia reportagem sobre as exportações do setor no Nordeste na edição deste mês do JornalCana.