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Exportações de álcool crescem e chegam a 1,16 bilhão de litros no semestre

As exportações brasileiras de álcool na primeira metade do ano subiram para 1,16 bilhão de litros, 14% a mais do que em igual período do ano anterior, informou a União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), citando dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A maioria dos analistas, no entanto, prevê uma queda nas exportações totais do produto este ano em relação ao recorde observado em 2004, de 2,4 bilhões de litros. As exportações no ano passado cresceram 216% em comparação com o volume de 2003.

Os mesmos analistas acreditam que a segunda metade do ano não deve ser tão forte já que grandes exportadores como Crystalsev e Coopersucar costumam concentrar suas exportações na primeira metade do ano. É que algumas destas vendas são oriundas de negócios fechados no ano anterior.

O analista-chefe da consultoria Datagro, Plinio Nastari, lembra que as importações da Índia e do Japão foram responsáveis pelo bom desempenho no semestre. A Índia comprou 314 milhões de litros, ante 85 milhões no primeiro semestre de 2004, enquanto no mesmo período, as importações do Japão cresceram para 152 milhões de litros, ante 107 milhões. De acordo com Nastari, as compras daqueles dois países têm ajudado a compensar uma redução nas importações do produto brasileiro pelos Estados Unidos.

No ano passado, os EUA eram o maior mercado para o Brasil devido aos preços baixos do álcool no país na primeira metade do ano, ao crescimento da demanda norte-americana e à fraqueza do real ante o dólar. Os preços locais de álcool e a demanda estão muito maiores agora e o real se firmou consideravelmente ante a moeda norte-americana, tornando as exportações aos EUA menos atrativas. Na primeira metade de 2005, as vendas de álcool brasileiro para os Estados Unidos caíram para 103 milhões de litros, ante 227 milhões no mesmo período de 2004.

Segundo o analista Julio Maria Borges, da JOB Economia, a receita das exportações em 2005 será maior do que a do ano passado, mas o volume deve diminuir. A estimativa de exportação da JOB é de até 2,5 bilhões de litros. “As exportações estão gerando US$ 300 por 1000 litros agora, enquanto neste período em 2004 eram de US$ 220 a US$ 250”, disse.

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