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Exportações agrícolas do país crescem menos

As exportações do agronegócio confirmam sinais de fadiga e de perda de dinamismo. As vendas externas do primeiro quadrimestres do ano cresceram a metade do registrado em 2005. De janeiro a abril deste ano, os embarques subiram 8,2%. Em 2005, as vendas haviam crescido 14,6%.

Nos primeiros quatro meses de 2006, as exportações somaram US$ 13,246 bilhões e as importações, US$ 1,998 bilhão. Apesar de recorde em valores absolutos para meses de abril, o superávit do período cresceu apenas 6%, batendo em US$ 11,248 bilhões. Em 2005, o ritmo havia chegado a 16,7%.

“De fato, há uma desaceleração provocada pelos efeitos da febre aftosa aqui e o medo da influenza aviária no exterior”, afirma o coordenador de Organização para Exportação do Ministério da Agricultura, Eliezer Lopes.

A mudança de rota fica se confirma quando se comparam os meses de abril. No mês passado, as vendas externas caíram 0,2%, para US$ 3,449 bilhões, na comparação com abril de 2005. A retração foi puxada pelo mau desempenho nas vendas do complexo soja (-6,5%), carnes (-14,4%) e café (-14%). Em abril de 2005, o aumento sobre o mesmo mês de 2004 havia sido de 21%.

Mesmo com o resultado negativo, a balança do setor registrou um superávit de US$ 2,976 bilhões em abril. As importações cresceram 17,2% no mês passado, chegando a US$ 474 milhões.

O aumento das exportações no quadrimestre reflete o desempenho do complexo soja (9,7%), complexo carnes (5,4%), açúcar e álcool (20%), papel e celulose (15,5%) e couro (10,6%).

Nos últimos 12 meses, entre maio de 2005 e abril de 2006, as exportações do agronegócio também perderam dinamismo. As vendas, que somaram US$ 44,603 bilhões, cresceram 9,9% sobre os US$ 40,574 bilhões registrados nos 12 meses anteriores. Na última comparação, o acréscimo havia chegado a 22,4%. Em valores absolutos, o superávit subiu de US$ 35,625 bilhões para US$ 39,048 bilhões. Mas o ritmo também caiu.

Nos últimos 12 meses, as exportações do agronegócio apresentaram crescimento para quase todos os destinos: Europa Oriental (49%); áfrica (20%); e Ásia (11,3%). A UE foi o principal comprador do Brasil, com 32% das exportações totais. O bloco é seguido pela Ásia, com 20%, e o Nafta, com 15%.

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