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Exportação do campo soma US$ 11,7 bilhões

As exportações do agronegócio encerraram o primeiro trimestre em US$ 11,7 bilhões, alta de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 2007 as importações somaram US$ 2 bilhões, um acréscimo de 33,8%, na mesma comparação. Com isso, o saldo comercial do setor ficou em US$ 9,7 bilhões, valor 17,8% superior aos dos três primeiros meses de 2006.

Apesar do aumento das importações, as estimativas do governo de superávit em alta, uma vez que em valores absolutos o acréscimo nas compras representa 25% do crescimento das vendas. Para o fechamento do ano, a projeção é que o agronegócio exporte 15% a mais que em 2006 – US$ 49 bilhões -, em virtude de uma safra de grãos maior, de preços internacionais mais altos e de uma demanda crescente pelo etanol.

Os resultados do acumulado de 12 meses – entre abril de 2006 a março de 2007 – convergem para estas estimativas, pois as exportações somaram US$ 51,4 bilhões, aumento de 15,3%. Com isso, o superávit acumulado nos últimos 12 meses é de US$ 44,2 bilhões.

No trimestre, as carnes, o complexo sucroalcooleiro e o café foram os principais responsáveis pelo desempenho das exportações, respondendo por 42,7% do total.

Apenas no mês de março o campo exportou 38% do acumulado de 2007 – US$ 4,48 bilhões, resultado 12,8% superior ao mesmo período de 2006. O mês representa um percentual maior da receita porque é início da safra de grãos. As importações no mês aumentaram 32,8%, somando US$ 766 milhões. No mês passado, o superávit ficou em US$ 3,7 bilhões, 9,3% maior que em março de 2006.

Destaque negativo para o complexo sucroalcooleiro, cujas vendas foram 9% menores, totalizando US$ 449,7 milhões. Eliezer Lopes, coordenador-geral de Organização para Exportações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, explica que a queda se deu no açúcar, cujos volumes e preços foram menores. No entanto, no acumulado do ano o segmento comercializou US$ 1,5 bilhão, alta de 40% na comparação com 2006. Com resultado surpreendente para o álcool: exportações de US$ 359 milhões no trimestre, valor 108% superior ao mesmo período do ano passado.

Segundo Lopes, o crescimento das exportações de carne, tanto em março quanto no trimestre, explicam parte do desempenho da balança comercial neste ano. O complexo aumentou em 33% as vendas no trimestre, somando US$ 2,4 bilhões – 20% do total da receita cambial do campo – e 46% apenas em março, totalizando US$ 934 milhões. “Há um aumento na demanda mundial de proteínas”, diz. Além disso, ele acrescenta que os preços internacionais também tiveram acréscimo: 6,4% para o boi, 5,2% para as aves e 4,8% para os suínos.

O maior aumento nas exportações deste complexo no trimestre ocorreu na carne bovina: 47,8%, perfazendo uma receita de US$ 1,1 bilhão. Para os frangos a evolução foi de 22%, totalizando US$ 970 milhões; enquanto a suína aumentou 24%, somando US$ 219 milhões.

No trimestre, as vendas de café cresceram 27,7%, com receita de US$ 946,4 milhões.

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