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Expansão da cana-de-açúcar pode ser positiva, avalia ong

Um estudo realizado pela Ecoa (Ecologia em Ação) organização não governamental que defende a preservação dos rios analisou positivamente os impactos da expansão do cultivo de cana-de-açúcar para a produção de biocombustível no país. O estudo concluiu que a substituição da pecuária tradicional pela cana, poderá melhorar economicamente a região onde as usinas serão implantadas.

A expansão da cana-de-açúcar poderá ocupar áreas com alta degradação e, em particular, aquelas ocupadas por pastagem com baixa produtividade. O país poderá ter ganhos econômicos com a recuperação de regiões afetadas pela criação de gado, atividade que gera baixo número de empregos”, diz o estudo.

Segundo o documento, o cultivo da cana gera mais de dez vezes mais postos de trabalho que a pecuária.

Em Mato Grosso do Sul, a região estuda foi a bacia do Rio Ivinhema. De acordo com o estudo, caso todos os investimentos em biocombustível se concretizem, até 2015, 47% da área estará ocupada com cana-de-açúcar.

Energia – Outro ponto destacado pelo estudo foi a geração de energia. Citando o Grupo de Estudos de Energia Elétrica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A Ecoa apontou que a geração de energia proveniente do bagaço de cana, pode gerar uma vez e meia mais energia que usina de Itaipu gera.

“O uso da biomassa para a geração de energia pode se um dos aspectos mais positivos da produção de cana no país. Incluindo o fator ambiental, pois isso pode prevenir a construção de hidroelétricas na região da Amazônia”, concluiu o documento acrescentando que os aspectos trabalhistas não foram contemplados nos estudos.

Mesmo com o apoio a expansão da cana, o estudo mostra que na região norte da bacia do Ivinhema (Dourados, Maracajú, Sidrolândia e Rio Brilhante) a produção de biocombustível compete com a produção de alimentos. O que, conforme a ong, vai contra o discurso do governo, o qual garante que no Brasil há terra suficiente evitar tal competição.

A pesquisa foi realizada pelo biólogo Alcides Faria e pela economista ngela Frata, e teve como objetivo estudar as terras cultiváveis e o biocombustível no Brasil, especialmente a cana de açúcar na bacia do Rio Paraná.

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