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Executivos defendem aproximação

Empresários vencedores do prêmio Executivo de Valor, entregue na quarta-feira, vêem de maneira muito positiva a viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará amanhã aos Estados Unidos, para se encontrar com o colega americano, George W. Bush.

Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do Grupo Cosan, acha que o estreitamento das relações entre Brasil e Estados Unidos é “fantástico para o país”, pois, na sua opinião, os dois “têm interesses comuns”. Porém, adverte, não se deve ficar “só na ideologia”. Ele acredita ainda que os negócios da Cosan nas áreas de açúcar e, principalmente, álcool, podem avançar com o estreitamento das relações.

Também o presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, acha que a aproximação com os americanos é boa para as empresas brasileiras. O mesmo entusiasmo tem Brian Smith, presidente da Coca-Cola Brasil: “É importante para os dois países ter um laço mais justo, como os Estados Unidos já fazem com o México.”

Marcio Utsch, presidente da Alpargatas, diz que o governo brasileiro fez a opção correta ao aumentar suas relações com os Estados Unidos, pois, para ele, os países desenvolvidos oferecem uma melhor perspectiva para as exportações, pois possuem um mercado consumidor maior. Ele acha, portanto, mais produtivo esse esforço para se aproximar mais dos Estados Unidos do que a tentativa de estreitar o relacionamento com as nações em desenvolvimento.

Na mesma linha segue Laércio Cosentino, executivo-chefe da Totvs. Para ele, o Brasil deve buscar um alinhamento com vários países, mas não é possível descartar a maior economia do mundo. Vicente Trius, presidente do Wal-Mart no Brasil, vai além. “A abertura de portas bilaterais de comércio só pode beneficiar o país”, diz, para em seguida explicar que o fortalecimento do Brasil é importante do ponto de vista político, pois o governo Lula tem a oportunidade de garantir o equilíbrio na América Latina, servindo de contrapeso na região a governos mais populistas.

O estreitamento de relações bilaterais foi também destacado pelo presidente da ALL, Bernardo Hees, que acha que o esforço é válido tanto para com os Estados Unidos quanto com a União Européia e os próprios parceiros do Mercosul. Cledorvino Belini, presidente da Fiat do Brasil, tem a mesma opinião – é preciso se relacionar bem com todos os países. Paulo Periquito, presidente da Whirlpool na América Latina, é outro que acredita que os acordos comerciais e bilaterais são positivos. Mas ele coloca uma ressalva: se o Brasil não fizer antes uma revisão da carga tributária, a abertura do mercado poderá ser prejudicial para as empresas instaladas no país.

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