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EXCLUSIVO: Levantamento detalha participação de térmicas a biomassa em leilões

Estudo é da Gerência de Bioeletricidade da UNICA para o JornalCana

EXCLUSIVO: Levantamento detalha participação de térmicas a biomassa em leilões

Vem aí o próximo leilão do Governo de contratação regulada de energia elétrica.

É o A-6, a ser realizado em 18/10 e cuja entrega da eletricidade terá início em 01/01/25.

A vigência do contrato é de 25 anos.

O preço-teto do megawatt-hora (MWh) para termelétricas a biomassa é de R$ 292.

É o preço-teto, ou marginal, mais alto entre as demais fontes participantes do A-6.

No caso da eólica, por exemplo, o preço-teto é de R$ 189 o MWh.

Sem estímulo

Os R$ 292/MWh, no entanto, não servem para estimular o setor sucroenergético a ampliar sua participação em leilões.

Isso porque os R$ 292/MWh significam o teto e o valor final de contratação tende a ser bem menor.

Além disso, no último leilão A-6 realizado, o valor inicial do MWh foi de R$ 308.

Ou seja, 5,2% acima do preço-teto do leilão de outubro próximo.

O próximo A-6 terá 25 projetos de biomassa em disputa.

O número de projetos é o mesmo do último A-6.

Mas é 40% inferior aos 63 projetos cadastrados no leilão A-5 realizado em 2016.

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Confira a seguir imagens de estudo

exclusivo para o JornalCana

O estudo foi solicitado para Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

Projetos cadastrados nos últimos leilões por fontes e em MW

Projetos comercializados no último leilão A-6 (em outubro de 2018)

Eólica vence

No Leilão A-6 do ano passado, a energia eólica respondeu pela maior parte do volume contratado (50,3%).

A eólica foi seguida das termelétricas a gás natural (40,3%), das pequenas hidrelétricas (PCH e CGH) com 9,4%.

A fonte biomassa ficou em último, com apenas 1%.

Segundo o gerente de bioeletricidade da UNICA, na oportunidade a biomassa concorreu no chamado Produto Disponibilidade junto com carvão e gás natural.

Uma única térmica a gás natural, localizada no Maranhão, levou mais de 97% da demanda alocada para aquele produto.

Isso deslocou os projetos de bioeletricidade.

“Apenas dois projetos de bioeletricidade foram comercializados no A-6 de 2018”, destaca Souza.

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