A norte-americana Ceres, com estrutura no Brasil, estima que em até sete anos deve lançar no país seu primeiro grupo de ‘trait’ para cana-de-açúcar transgênica.
“Estimamos lançar a primeira tecnologia num período entre cinco ou sete anos de hoje, mas sabemos dos desafios e passos regulatórios para tal”, afirma André Franco, gerente geral da Ceres Sementes em entrevista para o JornalCana.
A empresa tem grande foco em biotecnologia agrícola e desenvolve, dentro e fora do Brasil, estudos avançados envolvendo “traits” para cana-de-açúcar entre outras culturas.
No Brasil, a Ceres trabalha com três grupos de “traits” prioritários para a cana transgênica: aumento de biomassa, tolerância a estresse e elevação da produção de sacarose (açúcar).
“Testes iniciais feitos pela companhia indicaram de 20% a 30% de produtividade com acelerada maturação, ou seja, mais cana, mais açúcar em menos tempo”, diz o executivo.
A companhia desenvolve há três anos pesquisas nos EUA e em países da América Latina.
“Possuímos um diferencial relacionado ao processo de transformação e regeneração de ‘traits’ muito elevado, sendo este o fator crítico de sucesso para transgenia”, completa.