A busca pela otimização do processo produtivo e pela sustentabilidade do negócio tem sido uma marca da gestão da Usina Coruripe, que, em fevereiro deste ano, completou 100 anos de atividade.
Em entrevista ao JornalCana, Mario Luiz Lorencatto, presidente da companhia, afirma que “de forma constante, a Coruripe investe em práticas para otimizar e reduzir o impacto ambiental de suas operações”, evidenciando o compromisso da empresa com a sustentabilidade.
Entre essas iniciativas, destaca-se a substituição gradual dos fertilizantes químicos pela adubação orgânica. “Uma mudança que promete reduzir em cerca de 39% o consumo desses insumos até 2030, com uma diminuição anual de aproximadamente 2%”, informa o presidente da companhia.
Modernização das caldeiras e irrigação
Lorencatto destaca a eliminação gradual do corte manual e o fim das queimadas em Alagoas com a transição para a colheita mecanizada, como já ocorre nas filiais mineiras da empresa.
Ele cita também o processo de modernização das caldeiras.
“As caldeiras da usina já utilizam a biomassa de cana-de-açúcar como combustível principal, subproduto de sua atividade de extração do caldo de cana-de-açúcar, além do reuso racional desse material para cogeração de energia elétrica. Nas últimas safras, a modernização de nossas caldeiras tem aprimorado os processos de queima, trazendo mais eficiência e redução das emissões atmosféricas”, ressaltou Lorencatto.
Lidando com a imprevisibilidade climática e, mais especificamente, com a alteração do regime de chuvas, a empresa vem investindo em irrigação nos seus canaviais, visando o aumento da produtividade e a diminuição da pressão ambiental sobre novas áreas de plantio.
Bagaço e vinhaça enriquecida
Além do bagaço de cana-de-açúcar, outro resíduo da atividade canavieira amplamente utilizado é a vinhaça, ou vinhoto, enriquecido com macro e micronutrientes, informa Lorencatto.
“Aplicada em canaviais, atua como fertilizante e fonte de potássio para a cultura. No cenário do agro brasileiro, surgiu recentemente a aplicação de vinhaça localizada enriquecida com macro e micronutrientes, técnica que visa uma distribuição mais uniforme do produto, evitando desperdícios e excessos, reduzindo atividades agrícolas e prevenindo o surgimento de processos erosivos. O efluente segue diretamente pelas linhas de plantio, otimizando o processo e trazendo mais sustentabilidade. Por isso, a empresa tem substituído as aplicações convencionais por essa nova técnica”, explica Lorencatto.
Lorencatto participa do Congresso UAPNE25
Lorencatto será um dos participantes do painel “CEO Meeting – A Visão de Empresários e Executivos do Setor” no Congresso UAPNE25 – Usinas de Alta Performance Nordeste, que ocorrerá nos dias 26 e 27 deste mês no Grand Mercure Recife Boa Viagem, em Recife (PE).
O painel terá como moderador o presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp/Cosag, Jacyr Costa Filho, e contará com a participação dos seguintes empresários do setor:
- Daniela Petribú Oriá, Diretora-Presidente da Usina Petribu;
- Eduardo de Queiroz Monteiro, Presidente do Grupo EQM;
- José Bolivar Melo Neto, Diretor do Grupo Japungu;
- Mário Luiz Lorencatto, CEO da Usina Coruripe.
Serviço:
Congresso UAPNE25 – Usinas de Alta Performance
Data: 26 e 27 de março de 2025
Local: Grand Mercure Recife Boa Viagem, Recife (PE)
Informações e inscrições: uapne.com.br