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Mesa Redonda do SINATUB destaca otimização nas usinas

Gestores de cinco grupos bioenergéticos compartilham experiências e resultados com tecnologias de otimização em tempo real

Mesa Redonda do SINATUB destaca otimização nas usinas

Na manhã desta quarta-feira (13), durante o SINATUB Usina 4.0 – Automação e Gestão Industrial Inteligente, realizado no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP), executivos das áreas industriais de Cargill Bioenergia, São Martinho, Nardini Agroindustrial, Usina Caeté e Grupo Toniello participaram da Mesa Redonda de Benchmarking sobre Otimização em Tempo Real nas Usinas.

O encontro fez parte da programação oficial da Fenasucro & Agrocana e reuniu gestores para trocar experiências práticas sobre implantação, resultados e desafios do uso de sistemas como o S-PAA e soluções de controle avançado.

Da tecnologia ao fator humano

Abrindo as falas, Aryel Alves Guimarães, Gerente de Processos Industriais na Cargill Bioenergia – URD, destacou que a adoção de sistemas de otimização como o S-PAA trouxe padronização operacional, segurança para operadores e retenção de talentos. Ele enfatizou que a tecnologia contribui para previsibilidade no planejamento e controle de produção, além de acelerar resultados entre turnos.

Guilherme Fraga, especialista em automação e tecnologia da Usina São Martinho, ressaltou que a maturidade cultural e organizacional é determinante para o sucesso da automação avançada. Segundo ele, a parceria com fornecedores qualificados garante respostas rápidas a imprevistos e estimula um ambiente colaborativo, com gestores e equipes técnicas discutindo melhorias de forma integrada.

Alinhamento e confiabilidade

Luís Fernando Murakami, Gerente Industrial da Nardini Agroindustrial, afirmou que, independentemente da idade da planta industrial, o sucesso da implantação depende de dados confiáveis, alinhamento entre TI, automação e operação e gestão eficiente da mudança. Para ele, o engajamento da equipe é determinante para transformar ajustes de rotina em ganhos contínuos.

Expansão e adaptação regional

 Representando a Usina Caeté, o Diretor Infdustrial Luiz Magno de Brito relatou que o projeto começou no controle de vapor, água, entre outros, e após resultados positivos, expandiu para outras unidades. Ele alertou que o sucesso depende de comunicar bem os benefícios aos colaboradores, superando resistências iniciais, e ressaltou que a automação serve para capacitar pessoas e reduzir tempos de resposta diante de problemas operacionais.

Visão financeira e eficiência contínua

 Encerrando o debate, Ricardo Toniello, diretor financeiro da Viralcool trouxe a perspectiva financeira, comparando a indústria a um avião que não pode parar no meio do voo. Para ele, a automação e a inteligência artificial são essenciais para reduzir custos, evitar paradas e identificar pontos de melhoria, permitindo maior eficiência nos oito meses de operação anual do setor.

A Mesa Redonda evidenciou que, além da tecnologia, cultura, capacitação e gestão integrada são pilares para que a otimização em tempo real gere ganhos sustentáveis no setor bioenergético.