O Seminário LIDE | Agronegócio, realizado na CASA LIDE, na capital paulista, na manhã desta quarta-feira (4), reuniu empresários e especialistas para discutir o futuro do agronegócio brasileiro. Entre os temas abordados, destacaram-se a viabilidade econômica do setor e as contribuições do agro às práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance). O evento foi organizado sob a curadoria de Francisco Maturro, líder do LIDE Agronegócio e ex-secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
“O primeiro passo para abordar a sustentabilidade é tratá-la como compliance, e o segundo é encará-la como negócio. A cadeia de fornecedores é fundamental, e, se uma parte falha, todo o sistema sofre. Muitas empresas no agro são familiares, e a prosperidade dessas famílias está diretamente ligada à adoção de boas práticas em todos os momentos”, afirmou Grazielle Parenti, vice-presidente de Sustentabilidade da Syngenta, ao apontar os desafios de implementar ações ESG no agronegócio.
Christian Lohbauer, professor e vice-presidente da Associação De Olho no Material Escolar (DONME), destacou a imagem negativa que o agronegócio enfrenta em outros setores da sociedade. “Existe uma falta de entendimento sobre o que o agronegócio realmente faz. Levamos mais de 30 mil crianças para conhecer feiras e propriedades agropecuárias, onde elas puderam ver colheitadeiras e entender que o agro também se preocupa com o meio ambiente e que não usamos mão de obra escrava, como muitos acreditam devido ao que ainda é ensinado em alguns livros”.
Apesar dessas barreiras, o agronegócio brasileiro continua a ser um dos mais promissores do mundo. José Rossato, secretário do Conselho de Administração da Coplana, enfatizou que o setor tem aproveitado novas oportunidades, especialmente no campo dos bioinsumos. “O Brasil está se destacando como exportador de tecnologias e bioinsumos para o agro. O campo precisa ser cada vez mais ágil, preciso e técnico para acompanhar as exigências do mercado global”.
Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, reforçou a importância do agronegócio brasileiro na produção mundial de alimentos. “Com apenas 33% de nossa área utilizada, alimentamos mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo. Ainda temos áreas agricultáveis, mas, no momento, não é necessário expandir”, concluiu.
(Redação com informações do LIDE)