A Embrapa anunciou uma nova diretriz estratégica focada na bioeconomia durante o 17º Congresso Nacional da Bioenergia, realizado em Araçatuba – SP, nos dias 2 e 3 de julho. Em um momento da realização do Painel Magno, a Embrapa e a UDOP assinaram um protocolo de intenções, reafirmando o compromisso conjunto de implementar ações estratégicas para fortalecer a pesquisa no setor bioenergético.
O diretor-executivo de pesquisa e inovação da Embrapa, Clênio Naílton Pillon, representando a presidente Silvia Masshurá, e o presidente da UDOP, Hugo Cagno Filho, oficializaram o convênio, que visa promover a cooperação técnica e científica. Estiveram presentes na cerimônia representantes da Embrapa, incluindo Marcelo Morandi, chefe da assessoria de relações internacionais; Paula Packer, chefe geral da Embrapa Meio Ambiente; e os pesquisadores Cristiano Andrade e Nilza Patrícia Ramos.
“As associadas da UDOP estão disponíveis para atuar como campos experimentais, demonstrando um comprometimento autêntico com a inovação e o avanço na agricultura e na produção de bioenergia. Essa colaboração é essencial para impulsionar melhorias que beneficiarão toda a cadeia produtiva. Juntos, fortalecemos não apenas o setor, mas também construímos um futuro mais sustentável e próspero para todos”, enfatizou Hugo Cagno Filho, presidente da UDOP.
Clênio Naílton Pillon destacou que a Embrapa está priorizando a bioeconomia em seu Plano Diretor, com a formação de um grupo de trabalho interno composto por especialistas de 12 unidades descentralizadas. Este grupo tem como objetivo desenvolver um programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para intensificar as pesquisas na cadeia produtiva da cana-de-açúcar, etanol e seus coprodutos, em colaboração com entidades externas.
“A expectativa por essa iniciativa é compartilhada há tempos na Embrapa, refletindo nosso compromisso com a excelência científica e a inovação. Fortalecemos não só nossas unidades principais, mas também utilizamos o conhecimento e as competências das nossas 43 unidades de pesquisa, em colaboração com parceiros estratégicos”, afirmou Pillon.
Além de contribuir para a transição energética global, Pillon ressaltou a importância da agricultura no enfrentamento dos desafios climáticos. “Estamos promovendo a descarbonização do planeta ao integrar ciência, conhecimento e tecnologias nas cadeias produtivas de energia”, explicou.
O Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Embrapa concentra-se na criação de bioinsumos e na aplicação de boas práticas agrícolas para promover o manejo sustentável do solo, da água e da fertilidade. “No campo do melhoramento genético, usaremos nossa expertise em transformação genética para desenvolver novas cultivares e materiais genéticos mais resistentes às mudanças climáticas”, acrescentou Pillon.
Pillon reafirmou o compromisso da Embrapa com o setor da cana-de-açúcar e a agenda da bioeconomia. Ele destacou que a instituição está totalmente disponível para colaborar na geração de conhecimento e no desenvolvimento de tecnologias inovadoras em benefício do Brasil. “Planejamos dialogar com o setor para apresentar nossas propostas, ouvir contribuições e estabelecer parcerias estratégicas que fortaleçam ainda mais nossa capacidade de inovação”, concluiu.