A Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) inaugurou, na manhã desta terça-feira (13), a Arena da Sustentabilidade, uma das grandes novidades da 30ª edição da Fenasucro & Agrocana. O espaço foi criado para abrigar palestras, painéis e debates conduzidos por renomados especialistas e líderes do setor de ESG e bioenergia, com o objetivo de promover a importância da sustentabilidade em toda a cadeia produtiva.
O painel de abertura, intitulado “Estratégia Coletiva para o Futuro do Agronegócio Sustentável”, marcou o início das atividades da Arena e trouxe reflexões sobre os desafios e oportunidades para o setor.
Durante seu discurso de abertura, o presidente da Canaoeste, Fernando Reis Filho, destacou a ligação intrínseca entre a sustentabilidade e a produção de cana-de-açúcar. “Desde cedo aprendemos a cuidar da terra, da água, e a buscar uma harmonia entre o homem e a natureza. E assim seguimos, plantando cana que se transforma em alimento, açúcar, etanol e energia”, afirmou.
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Apesar dessa dedicação, ele ressaltou que os produtores de cana ainda não recebem o devido reconhecimento. “Esse é o nosso trabalho na Canaoeste: colocar o produtor de cana no lugar de destaque que ele merece. E para isso, contamos com uma equipe valiosa e diretores extremamente dedicados”.
Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana, também enfatizou o protagonismo do setor na transição energética global. “Chegamos até aqui graças a pessoas que sonharam grande e trouxeram nosso setor a este patamar. Uma grande onda verde está se formando na transição energética global, e temos a oportunidade de liderar esse movimento, como já fazemos. A feira, neutralizada com áreas de plantadores da Canaoeste, nos torna uma referência mundial em sustentabilidade”.
José Guilherme Nogueira, CEO da ORPLANA (Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil), reforçou a importância do etanol e do açúcar brasileiro de baixa intensidade de carbono. “Temos um trabalho árduo de promoção do etanol e do açúcar brasileiro, e precisamos desenvolver ações conjuntas entre produtores e usinas para fortalecer essa cadeia”.
Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), destacou a força da cadeia de valor do setor. “Somos uma cadeia de valor que começa com os fornecedores de insumos, passa pelos produtores de cana, pelos processadores, e termina no consumidor final de bioenergia. E lá na ponta, temos a maior demanda que o mundo poderia ter: energia e alimentos sustentáveis do Brasil para o mundo. Nosso esforço é buscar consenso, porque nada resiste ao diálogo”.
Almir Torcato, gestor executivo da Canaoeste, apresentou um panorama das principais ações e programas desenvolvidos pela associação. Entre os destaques, estão os programas CanaoesteBio, CanaoesteFarm, CanaoesteLab, Semeia, VemSer e o CanaoesteGreen, este último sendo um programa de sequestro de carbono lançado durante a feira. Ele reforçou também a importância de todos os elos da cadeia da cana participarem do evento, mostrando que a união de todos é sinônimo de desenvolvimento do setor.
Para encerrar as atividades, o ex-deputado federal Xico Graziano apresentou uma palestra sobre os “Desafios e Riscos do Agronegócio Brasileiro”, abordando as principais questões que o setor enfrenta atualmente.
