O engenheiro agrônomo Roberto Malimpence, diretor da Baraúna Com e Indústria Ltda, será palestrante no CANABIO25. Focado na cana regenerativa, o evento acontece nos dias 8 e 9 de outubro, no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto-SP.
Com 30 anos de experiência no setor bioenergético, Malimpence é especialista no manejo de resíduos sólidos, vinhaça e aporte biológico de solo, além de atuar no licenciamento ambiental junto a órgãos como CETESB, MAPA e SECIMA. Sua trajetória inclui parcerias com grandes grupos como Raízen, Adecoagro e Bunge, e colaborações com instituições de referência, como a ESALQ-USP e a UFSCar.
Segundo ele, o fim da queima da palha abriu espaço para práticas regenerativas mais eficientes.
“O solo ficou mais rico em matéria orgânica e biologicamente mais ativo, o que viabiliza o uso de insumos biológicos e melhora a produtividade”, destaca.
Armadilhas da vinhaça localizada
No entanto, o especialista chama atenção para as armadilhas da vinhaça localizada. Em artigo recente, Malimpence apontou que muitas usinas ainda tratam a vinhaça como simples subproduto, quando poderiam transformá-la em fertilizante de alto valor.
“As usinas são verdadeiras minas de potássio a céu aberto. Vinhaça bem gerida gera economias milionárias. Já a mal gerida aumenta custos e prejudica o canavial”, alerta.
De acordo com o agrônomo, usinas que alcançam teores de K2O acima de 8,0 kg/m³ conseguem eliminar a compra de cloreto de potássio e até vender o excedente. Já aquelas que operam com índices baixos, em torno de 2,5 kg/m³, acabam gastando mais com transporte, aplicação e enriquecimento, além de enfrentar problemas de compactação no campo.
Com a palestra no CANABIO25, Roberto Malimpence vai mostrar que a vinhaça pode ser tanto solução quanto armadilha. O segredo está em tratá-la como um produto nobre dentro da indústria, ampliando a sustentabilidade e a competitividade da cana regenerativa.
Serviço:
CANABIO25 – Regenerar é preciso
Data: 8 e 9 de outubro de 2025
Local: Centro de Cana IAC – Ribeirão Preto (SP)