Canabio

Qual a relação entre vinhaça e CBio?

No CANABIO25, Roberto Malimpence mostra como transformar resíduo em insumo estratégico para produtividade, sustentabilidade e geração de créditos de descarbonização

Roberto Malimpence foi um dos entrevistados no JornalCana 360
Roberto Malimpence foi um dos entrevistados no JornalCana 360

A vinhaça, muitas vezes vista apenas como resíduo das usinas, pode se tornar um ativo estratégico para o agro sustentável. Essa é a visão de Roberto Malimpence, diretor da Baraúna Soluções Biológicas, que será um dos palestrantes do CANABIO25 – Regenerar é preciso, nos dias 8 e 9 de outubro de 2025, em Ribeirão Preto (SP).

Em entrevista ao JornalCana 360, Malimpence antecipa que sua palestra abordará como a vinhaça, tradicionalmente tratada como resíduo, pode se transformar em um ativo valioso. Com destaque para redução de custos na produtividade agrícola, e também para a geração de CBios, dentro do modelo de economia circular.

Vinhaça: de resíduo a insumo estratégico

Em sua participação no CANABIO25, Malimpence levará uma mensagem clara: a vinhaça não pode mais ser vista como rejeito.

“Ela, assim como a torta de filtro e as cinzas da usina, é extremamente agregadora para uma agricultura regenerativa. Quando bem tratada, bem manejada, a vinhaça coloca dinheiro e produtividade dentro da lavoura”, destacou.

Segundo ele, a chave está em encarar a vinhaça como insumo de valor, com critérios de produção e aplicação que respeitem sua importância agronômica.

“Quanto mais bem-feita for a vinhaça, melhor será o resultado no campo, maior a economia para a usina e, sobretudo, maior a sustentabilidade do sistema”, afirmou.

CBios e economia circular

Um dos pontos centrais da palestra será o vínculo entre uso racional da vinhaça e geração de CBios – créditos de descarbonização do RenovaBio. Malimpence explicou que o ganho está diretamente ligado à redução do uso de insumos externos, que carregam alto custo de carbono em sua cadeia de produção e transporte.

“Quando deixamos de importar fertilizantes, como potássio e fósforo vindos de longas distâncias, estamos evitando emissões de carbono. A vinhaça já está disponível, não tem custo de carbono porque o gasto foi contabilizado no etanol. Ao substituir insumos externos por resíduos internos, criamos uma verdadeira agricultura circular e, de quebra, geramos CBios”, detalhou.

Um debate estratégico para o setor


Presente em todas as edições do CANABIO, Malimpence reforçou a relevância do evento como espaço de troca e de inovação. “O setor precisa enxergar que regenerar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. A vinhaça é um exemplo prático de como podemos alinhar produtividade, sustentabilidade e ganhos econômicos em um mesmo processo”, disse.

O CANABIO25 reunirá especialistas, produtores e líderes do setor nos dias 8 e 9 de outubro de 2025, em Ribeirão Preto (SP), para discutir práticas agrícolas que restauram solos, conservam biodiversidade, retêm água e capturam carbono. Mais do que um fórum técnico, o evento busca consolidar a agricultura regenerativa como uma estratégia essencial para o futuro da bioenergia brasileira.

Serviço
CANABIO25 – Regenerar é preciso
Data:
8 e 9 de outubro de 2025
Local: Centro de Cana IAC – Ribeirão Preto (SP)
Inscrições: www.canabio.com.br