Durante o CANABIO25 – Regenerar é preciso, realizado em Ribeirão Preto (SP), Fabiana Ascêncio, Gerente Executiva de Desenvolvimento Agrícola da Atvos, compartilhou um case de manejo regenerativo que vem transformando os resultados da empresa. Unindo ciência, tecnologia e sustentabilidade real, que gera retorno produtivo e financeiro.
Segundo Fabiana, o segredo do sucesso está em integrar práticas convencionais bem feitas com novas tecnologias e insumos biológicos. “Sustentabilidade não é só ambiental. É também sobre produtividade e retorno econômico”, destacou.
Com presença em quatro estados, oito usinas e cerca de 500 mil hectares sob gestão, a Atvos têm enfrentado o desafio de manejar ambientes restritivos e mudanças climáticas significativas — com redução média de 40% nos índices de chuva desde a década de 1980. Para isso, a empresa investe em vinhaça localizada, compostagem no fundo do sulco, controle biológico de pragas e uso de bioestimulantes, sempre com forte base em experimentação e dados agronômicos.
100% do plantio com biológicos
Hoje, 100% do plantio da Atvos utiliza biológicos no sulco, com destaque para o uso de Azospirillum. O controle de nematóides e doenças foliares já é majoritariamente feito com soluções biológicas. Além disso, a empresa ampliou para 90% a aplicação de vinhaça e avança em projetos de biochar e ciclagem de resíduos industriais, buscando fortalecer a matéria orgânica e a saúde do solo.
Os resultados comprovam a eficiência do modelo: as últimas safras superaram 75 toneladas por hectare, mesmo sob condições climáticas desafiadoras. “O manejo regenerativo é mais do que uma prática — é uma nova forma de pensar a agricultura”, concluiu Fabiana Ascêncio.
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