Durante o CANABIO25 – Regenerar é preciso, Henrique Mattosinho D’Avila, gerente de Desenvolvimento de Mercado do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), mostrou como as inovações da instituição podem dobrar a produtividade dos canaviais brasileiros até 2042 e gerar uma redução de mais de 100 milhões de toneladas de CO₂.

Segundo ele, a estratégia do CTC está estruturada em quatro pilares:

  • Mais potencial: novas variedades mais produtivas e resistentes, com destaque para a CTC Adivana 1, que entrega até 2 toneladas de açúcar a mais por hectare.
  • Mais proteção: biotecnologia aplicada ao controle de pragas e daninhas, com destaque para as variedades Bt e a nova tecnologia VerdePro 2.
  • Mais rapidez: o uso de sementes sintéticas, com cápsulas biodegradáveis e pacote biológico, deve simplificar o plantio e reduzir o consumo de diesel.
  • Mais manejo: práticas inteligentes e personalizadas de cultivo, integrando bioinsumos e manejo regenerativo.

D’Ávila destacou que essas tecnologias combinadas podem transformar o setor, tornando a cana ainda mais competitiva e sustentável.

100 milhões de toneladas de CO₂

Encerrando sua apresentação, D’Avila divulgou um estudo inédito da FGV. Feito em parceria com o CTC e coordenação do professor Luciano Rodrigues, da Única. O levantamento aponta que a adoção integrada dessas tecnologias pode gerar mais de 100 milhões de toneladas de CO₂ em descarbonização até 2042, o equivalente à metade das emissões anuais da França.

“É uma oportunidade gigantesca para aumentar a competitividade dos nossos canaviais e reafirmar o papel da cana-de-açúcar na transição energética global”, concluiu o executivo.

Assista à palestra completa de Henrique Mattosinho D’Avila no canal do JornalCana no YouTube.