Conteúdo atualizado em 19/11/2025:
Durante o CANABIO25, realizado em Ribeirão Preto (SP), Thiago Gomes Veloso Araújo apresentou o case da Usina Rio Amambaí, onde a safra prevista de 2,5 milhões de toneladas está sendo conduzida com foco em sustentabilidade, controle biológico e solo vivo.
O objetivo da empresa é alcançar sua capacidade máxima de 3,14 milhões de toneladas, na safra de 2027.
“Não existe só manejo biológico e não existe só manejo químico. A gente faz um equilíbrio muito satisfatório entre as duas partes”, afirmou Thiago.
O trabalho engloba desde controle de broca, cigarrinha e nematóides até o uso de bioestimulantes, fungos, bactérias e nutrição biológica do solo.
No protocolo da Rio Amambaí, as mudas já operam com índice de broca abaixo de 0,03%. Thiago salientou que ao tratar a muda como deve, a incidência da doença diminui automaticamente: “Quando você cuida da broca e funda isso bem, o controle de doenças se torna consequência”.
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Monitoramento digital
A usina investiu ainda em plataformas digitais de monitoramento que identificam “áreas de restrição” previamente, onde então se aplica “químico ou biológico”. Nas áreas de vinhaça, a aplicação está 100% casada com fungos ou bactérias, tratamentos aplicados com leque para cobertura completa.
Thiago pontuou que a ação biológica exige disciplina: “Para trabalhar com isso é necessário respeito ao manejo, ao armazenamento e à aplicação desses produtos”. Ele relatou que a usina acompanha semanalmente análises de solo, matéria orgânica, micronutrientes. E responde à correção com compostos enriquecidos que já vêm demonstrando ganhos de mais de 22 toneladas por hectare em cana-planta.
“O que estamos fazendo é elevar o solo de suporte à protagonista”, disse.
Combate a estria vermelha
Sobre doenças, o maior desafio da região é a estria vermelha, que pode resultar em perdas de até 15 toneladas por hectare em apenas 15 dias. A usina adotou experimentações, combinando bioinsumos, químicos e variedades mais resistentes, além de adotar cobertura, microvida do solo e monitoramento rigoroso para antecipar e mitigar o problema.
Thiago encerrou reforçando que “a tecnologia importa, mas o que faz a diferença é o time alinhado e comprometido”.
A íntegra da palestra está disponível no canal do JornalCana no YouTube.
