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Europeus preocupados com liderança brasileira

Bruxelas e Londres, O comissário europeu do Desenvolvimento, Louis Michel, defendeu ontem a necessidade de impulsionar políticas para combater a liderança do Brasil na produção de biocombustível – obtido de matérias-primas agrícolas -, e especialmente para que os países menos avançados possam competir nesse setor.

A Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia), que apresentou medidas para incrementar o uso do biocombustível, citou o Brasil como exemplo de país que desenvolveu um setor forte na obtenção este tipo de combustível, concretamente de etanol obtido da cana de açúcar.

Michel disse que o Brasil representou uma “desvantagem” grave no desenvolvimento deste tipo de produto em países menos avançados, como por exemplo nas Ilhas Maurício, porque neste último tentou impulsionar o bioetanol e “não consegue competir com o brasileiro, que tem vantagens competitivas enormes”.

Neste setor, explicou o comissário europeu, dentro dos países em vias de desenvolvimento, é preciso distinguir entre os caribenhos, que podem competir, e os africanos, que têm problemas no momento de comercializar esses biocombustíveis, como em relação aos custos de transporte por exemplo.

O comissário disse que no setor do etanol, o Brasil é um exemplo “típico” de potência regional que pode colocar obstáculos a esta indústria em Estados menos desenvolvidos. “Não é uma crítica ao Brasil que faz o que deve, mas nós devemos considerar isso em nossas políticas”, acrescentou o comissário.

As medidas apresentadas pela CE incluem a potencialização de matéria-prima agrícola para biocombustível, tanto na UE como nos países ACP (África, Caribe e Pacífico). Os produtores de açúcar europeus e da ACP se sentem afetados pela reforma deste setor na UE.

UBS lança Indice

O UBS AG, maior banco da Europa em termos de ativos, e a administradora de fundos suíça Diapason Commodities Management SA pretendem lançar este mês o primeiro índice atrelado aos preços dos biocombustíveis. O Índice Mundial de Biocombustíveis UBS Diapason terá como base os preços dos contratos futuros das commodities empregadas para produzir etanol e biodiesel, informou o UBS, em Zurique, na Suiça.

Os governos do mundo todo querem intensificar o emprego de biocombustíveis para reduzir sua dependência em relação aos combustíveis fósseis e ajudar a diminuir as emissões causadas pela combustão desse tipo de produto, que produz a maior parte dos gases geradores do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

O Índice UBS Diapason será divulgado em dólares norte-americanos, euros, francos suíços e ienes japoneses, disse o banco.

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