EUA usam tecnologia brasileira para fazer etanol
O estado de Illinois, nos Estados Unidos, emprega variedades de cana-de-açúcar com melhoramento genético para produzir etanol. Seis fábricas do biocombustível estão em operação no estado e, além de cana, utilizam milho como matéria-prima. Atualmente, a produção é de 800 milhões de galões (3,784 litros cada) por ano. Outras três plantas industriais, com capacidade mais 100 milhões de galões, estão em fase de construção.
As fábricas são implantadas pelo governo de Illinois e contam com tecnologia brasileira. Recentemente, diretores de empresas fornecedoras de equipamentos de instrumentação, painéis elétricos e de calderaria de Sertãozinho (SP) estiveram em missão no estado americano. Foram assinar contratos de venda de serviços e de peças.
A cana deles é menor em tamanho em relação a nossa, mas oferecem grande produtividade industrial, além de crescer em terras ruins e suportar baixas temperaturas, diz o diretor de uma dessas empresas que, por força contratual, não pode ter o nome divulgado. Estava dez graus abaixo de zero quanto estivemos lá, no mês passado e a colheita da cana seguia normalmente.
Segundo esse empresário, a fábrica em fase de implantação não vai processar etanol, mas produz até o xarope que, em seguida, vai para outras unidades espalhadas pelos estados vizinhos para se transformado no biocombustível. Essa produção é para atender parte dos 16 estados americanos, incluindo Illinois e Califórnia, que adotaram o etanol no lugar do MTBE (derivado do petróleo) como aditivo da gasolina.
A escassa oferta de milho, como matéria-prima do etanol, não deverá prejudicar o planejamento desses estados por conta das variedades de cana com melhoramento genético. E a tecnologia brasileira auxilia nas plantas industriais, diz o empresário de Sertãozinho.
