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EUA querem diálogo estratégico com o Brasil, diz Câmara de Comércio

A visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, marcada para acontecer entre os dias 9 e 13 de abril, vai focar o aumento da parceria entre os dois países nas áreas de energia, investimentos e inovação tecnológica. De acordo com Myron Brilliant, vice-presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, os americanos buscam um “diálogo estratégico” com o Brasil. A intenção de Washington é se aproximar em questões tidas como estratégicas para a economia do país.

“A visita de Dilma dá destaque à nossa relação bilateral e acena para um futuro mais promissor. Os Estados Unidos têm diálogos estratégicos com China e Índia. Queremos fazer isso com o Brasil também”, afirmou Brilliant, após encontro com empresário nesta quinta-feira na sede da Câmara Americana de Comércio (Amcham-Brasil), em São Paulo.

Com o pré-sal em produção, o petróleo brasileiro entra na pauta de “diálogo estratégico” para os Estados Unidos, que desejam aumentar o comércio nesta área, segundo o presidente da Amcham, Gabriel Rico. “O Obama deixou muito claro em sua visita no ano passado o interesse em ser o grande cliente do nosso petróleo”, disse Rico.

Com a maior oferta de petróleo na economia mundial proporcionada pela exploração do pré-sal, os Estados Unidos desejam diminuir a dependência de sua principal fonte energética de países do Oriente Médio, com uma geopolítica instável, e da Venezuela, com governo que se declara anti-americano. “O Brasil entrando com força no mercado internacional será mais seguro para a economia mundial”, afirmou Brilliant.

O etanol é outra fonte de energia promissora na relação comercial entre os dois países. Mas, diferentemente do petróleo, os diálogos entre as empresas brasileiras e americanas caminham para a formação de parceria para a venda no mercado mundial. “Brasil e EUA são os grandes produtores do etanol no mundo. Se o Japão colocar 10% de etanol na gasolina, por exemplo, vamos ter que dobrar a produção para atender à demanda deles”, disse Rico.

A queda dos subsídios do governo americano aos produtores locais, no fim do ano passado, abriu a perspectiva de trabalho conjunto para fazer do produto uma commodity na Bolsa de Nova York. “O fim da barreira foi um passo importante no sentido de se estabelecer uma política comum”, afirmou o presidente da Amcham.

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