EUA querem ampliar parceria com o Brasil, diz embaixador
No encontro entre os presidentes George Bush e Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, nos dias 8 e 9 de março, não haverá restrições em relação aos temas a serem tratados. Os dois deverão falar de diversos assuntos, entre eles o desenvolvimento de acordos na área de biotecnologia, a liderança crescente de Hugo Chávez na América Latina e a expansão dos países asiáticos.
A informação é do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, ao falar sobre a expectativa que cerca a visita de Bush ao país nos próximos dias. Ele confirmou que o etanol deverá ser um dos principais temas no encontro dos dois presidentes.
Os Estados Unidos dão sinais de que estão dispostos a iniciar uma nova fase de relacionamento diplomático e comercial com o Brasil.
Durante visita de dois dias ao país há pouco mais de uma semana, o subsecretário de Estado dos Estados Unidos para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, deixou claro, em diversos encontros em São Paulo e em Brasília, esse interesse americano de ampliar as parcerias com o Brasil em diversas áreas. Os maiores interesses são na área de biocombustível.
Sobel diz que há muitas semelhanças entre o Brasil e os Estados Unidos, o que facilita o relacionamento entre os dois países.
Entre essas similaridades, Sobel destaca o fato de os dois países terem dimensões continentais, serem formados por imigrantes e terem muitos interesses na globalização. “Os americanos gostam dos brasileiros e os brasileiros gostam dos americanos” afirmou.
Sobel diz que uma das grandes vantagens do Brasil, hoje, é o fato de contar com muitas empresas globalizadas, o que, a seu ver, vai ajudar o país a crescer. Segundo ele, o país tem adotado medidas na direção certa para se expandir a taxas mais elevadas. “O crescimento não acontece de um dia para o outro.”
Sobel deu essas declarações durante o desfile das escolas de samba do grupo especial, no domingo, no Rio de Janeiro. Ele assistiu pela primeira vez ao desfile no camarote da Coca-Cola, a convite do presidente da empresa, Brian Smith.
“Foi a primeira de muitas idas ao desfile”, afirmou. No próximo ano, ele pretende desfilar por uma escola. “Só preciso aprender a sambar.”
