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EUA: petróleo deve ficar em cerca de US$ 100 até 2013

O petróleo dos Estados Unidos deve subir para cerca de US$ 100 o barril até 2013, à medida que o maior consumidor de petróleo do mundo intensifica os esforços para conter o excesso de oferta da commodity no país, o que tornou o petróleo muito mais barato que outros contratos de referência no último ano, de acordo com uma pesquisa feita pela Reuters.

A pesquisa com 32 analistas também estimou o petróleo dos Estados Unidos, conhecido como West Texas Intermediate (WTI, sigla em inglês), em média de US$ 96,50 o barril em 2012, ante os US$ 92 previstos no mês passado. No médio prazo, o petróleo dos EUA vai continuar com desconto ante o contrato do Brent, especialmente se a União Europeia punir o petróleo iraniano com sanções, em um movimento que irá apertar os mercados de petróleo da Europa.

A média de 36 analistas que estimam os futuros do petróleo tipo Brent para o ano que vem, espera que o contrato de referência europeu fique em US$ 107 o barril, ante a previsão de outubro, de US$ 106,80. O aumento dos contratos futuros do petróleo dos EUA irá ajudar a reduzir a diferença de preços entre o Brent e o WTI no ano que vem, após diversos bancos reduzirem suas previsões de spread quando os planos de reverter o fluxo do oleoduto Seaway foram revelados. Com a mudança, o excesso de petróleo de Cushing vai para a costa do Texas.

A diferença entre o Brent e o WTI, que atingiu recorde de US$ 28,10 o barril em meados de outubro, ficou mais apertada, a US$ 9,89 o barril após as notícias, em 17 de novembro, da inversão do fluxo do oleoduto. Ainda que o spread deva ser reduzido no longo prazo, analistas, incluindo os do banco de investimentos Goldman Sachs, disseram que o diferencial deve se ampliar no curto prazo.

“Enquanto o petróleo precisar fluir de Cushing para a Costa do Golfo via barco, estrada de ferro ou até caminhão, algum desconto será necessário para encorajar o fluxo de petróleo”, disse o chefe de pesquisas em commodities da Natixis, Nic Brown. “Por isso, os preços do WTI podem continuar abaixo do Brent até que os oleodutos estejam completamente ajustados, ainda que com desconto decrescente.”

Tensões renovadas com o Irã, após a imposição de novas sanções contra o produtor da Opep, por conta de seu programa nuclear, junto com o comunicado da França de retratação sobre uma proibição de importação, poderiam contrariar o efeito de aperto do oleoduto de Seaway, alertaram analistas do Commerzbank. “Isso pode levar os preços a subirem uma vez que a competição por petróleo não-iraniano aumentaria”, escreveram em nota.

Um boicote de entrega de longo alcance do petróleo iraniano poderia, assim, novamente ampliar a diferença de preço entre o Brent e o WTI, as consequências de um embargo de petróleo contra o Irã poderiam ser parcialmente compensadas pelo retorno da Líbia à produção de petróleo.

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