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EUA limita emissões de dióxido de carbono em usinas

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira, 20, novas regras que limitam emissões de dióxido de carbono das usinas de produção energética do País – informa a Reuters.

As medidas são uma tentativa do presidente Barack Obama de cumprir a promessa feita durante a campanha eleitoral, de lutar contra mudanças climáticas. Representam a primeira atuação do pacote de reformas anunciado em junho.

As novas regras desafiam a indústria do carvão, que ameaçou ações legais contra a iniciativa, em uma disputa que a imprensa americana chamou de “Guerra do Carvão”.

Segundo a nova legislação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), será quase impossível construir usinas energéticas alimentadas a carvão sem utilizar tecnologias capazes de limiar as emissões de dióxido de carbono.

Além disso, novas turbinas alimentadas com carvão deverão respeitar o imite de 1,1 mil libras (cerca de 500 quilogramas) de dióxido de carbono emitido por Megawatt/Hora (MW/H), enquanto as alimentadas com gás natural terão que cumprir o limite de mil libras (cerca de 450 quilogramas) de dióxido de carbono por MW/H.

As usinas mais eficientes alimentadas a carvão atualmente em atividade nos Estados Unidos produzem pelo menos 1,8 mil libras (816 quilogramas) de dióxido de carbono por MW/H.

Os grupos industriais ficaram surpreendidos pela severidade das medidas – elaboradas após uma longa negociação com o governo e as associações ambientalistas – e temem que elas sejam aplicadas também para as usinas já existentes.

Eles também alegam que as novas regras nunca foram testadas e que tornariam nula a rentabilidade das plantas. Segundo elas, as empresas têm um período de sete anos para se alinhar com os novos níveis de emissão, enquanto os industriais tinham proposto 30 anos para a adequação.

O valor das ações das principais empresas que operam na mineração de carvão, como a Alpha Natural Resources Inc, Peabody Energy Corp e Arch Coal Inc, despencou nesta sexta-feira na Bolsa de Nova York. Desde o começo de 2013, os títulos do setor perderam 25% do valor.

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