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EUA investem “pesado” em biocombustíveis e biorefinarias

A forte determinação de aumentar a velocidade na adoção dos processos industriais biotecnológicos, reduzir custos para os investidores e evitar as dificuldades regulatórias, visando melhorar a proteção para o meio ambiente e a saúde humana. Esses são grandes objetivos dos Estados Unidos, e entre as universidades e intuições de pesquisa onde observa-se o alinhamento que vem sendo construído através de planos de incentivos para a formação de uma força de trabalho melhor qualificada em biocatálise e outros bioprocessos. Essa é a conclusão de Edmundo Barbosa, presidente executivo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba, Conselheiro do Coagro e da Confederação Nacional da Indústria – CNI, que participou recentemente de um congresso naquele país. 

Iowa é produtor de 25% do etanol de milho e conta com 39 usinas de etanol e 14 de biodiesel. “Existe uma forte ênfase na identificação de oportunidades e no desenvolvimento de parcerias público privadas para os biocombustíveis avançados de todas as formas de biomassa. O mesmo acontece com Alberta no Canadá, com doze projetos de biocombustíveis em implantação e alguns já concebidos como biorefinarias. O cenário mostra os objetivos estratégicos sendo implementados, entre os fabricantes de medicamentos e os pesquisadores do setor biomédico que estão os tratamentos com base no genoma pessoal de cada paciente e a obtenção de novos insumos farmacêuticos”, reforça.

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Segundo ele, entre todas as fontes de biomassa que vem sendo pesquisadas, as micro algas recebem atenção especial do Governo americano há mais tempo, o que vai tornando realidade a evolução dessa fonte de etanol, biodiesel e intermediários químicos. (http://www1.eere.energy.gov/biomass/pdfs/algal_biofuels_roadmap.pdf)

“A empresa Algenol possui tecnologia para a produção adicional de 176.000 litros de etanol por dia com a utilização do CO2, funciona mesmo durante da entressafra, tem baixo custo de implantação e elevada complementariedade com as destilarias em funcionamento. Essa tecnologia é de grande interesse para Nordeste, em razão da utilização apenas de água do mar para a multiplicação de uma cianobactéria. As modificações genéticas trouxeram um incremento de receitas provenientes da biotecnologia, estimando em 76 bilhões de dólares em 2010”, lembra.

Ele explica que na América do Norte a transformação de usinas de açúcar e destilarias em biorefinarias já uma realidade definida para essa agroindústria. “A entidade The Consortium for Plant Biotechnology Research, recebeu 122 milhões de dólares, 60% do setor privado, para promover o acesso rápido às novas idéias e tecnologias em biorefinarias, atender as necessidades de pesquisa e desenvolvimento de empresas entre as suas prioridades, ativar a revisão científica de propostas por outros pesquisadores, obtenção de fundos para inovações, contato com potenciais trabalhadores e hoje, conta com 217 licenças e patentes”, afirma.

De acordo com o líder, da mesma forma que alguns anos atrás no Brasil algumas empresas passaram a entender o seu negócio como produção de energia e deram um grande salto nos seus procedimentos deixando para traz as práticas mais antigas. “Agora, as empresas de biocombustíveis americanas estão passando a entender o seu negócio como empresas de biotecnologia e a ênfase passou a ser nos bioprocessos. O que mais chamou a nossa atenção foi compreender como eles nos conhecem muito mais do que nós os conhecemos, conhecem os nossos problemas e barreiras ao nosso etanol, melhor do que pensamos. Fica aqui a minha sugestão para os empresários brasileiros que quiserem nos acompanhar em visitas a algumas dessas empresas para um futuro próximo”, diz.

O presidente do Sindalcool pretende formar grupos de brasileiros para conhecerem de perto essa profunda transformação que atravessa a produção de biocombustíveis nos Estados Unidos. “Em especial, convido aqueles que quiserem conhecer a produção de etanol com a utilização de água do mar e CO2, utilizando fotobioreatores para o cultivo de micro algas. E, entenderem como a destilaria atual é complementar a esse processo”, conclui. 

Para mais informações: edmundothobarbosa@gmail.com ou 83 3513-1800.

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