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EUA elevam investimentos em álcool

Os Estados Unidos estão fazendo pesados investimentos para ampliar sua produção de álcool. São 16 novos projetos de destilarias em construção, sobretudo no Meio Oeste americano, de acordo com a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) do país. Os EUA já contam com 80 destilarias em operação, com capacidade para produzir 3,6 bilhões de galões (ou 13,6 bilhões de litros).

A maior demanda por álcool combustível na gasolina também está estimulando a criação de contratos futuros para o produto. Na quarta-feira, a Chicago Board of Trade (CBoT) lançou seus contratos futuros para álcool. O lançamento estava previsto para o dia 8 de abril, mas foi antecipado para evitar concorrência com outro contrato para álcool combustível, que deverá ser lançado pela Chicago Mercantile Exchange (CME) no próximo mês, disse Michael McDougall, vice-presidente da Fimat Futures para América Latina.

Os contratos lançados na CBoT tem características diferentes dos contratos de álcool negociados na bolsa de Nova York. Cada contrato em Chicago será equivalente a 29 mil galões americanos, ou um vagão, com cotação em dólar por galão, com oscilação mínima de um décimo de centavo, ou US$ 29 por contrato. As características são de álcool desnaturado produzidos a partir do milho. Na bolsa de Nova York, as principais características desses contratos são do tipo anidro desnaturado, cotados em centavos de dólar por lote de 7,75 mil galões americanos, produzidos a partir da cana-de-açúcar.

A expectativa é de que os novos contratos de álcool negociados em Chicago despertem demanda significativa por parte dos produtores, fabricantes e tradings nos Estados Unidos.

Segundo Bob Dinneen, presidente da Associação de Combustíveis Renováveis, a expectativa é de que os americanos misturem até 30% de álcool anidro na gasolina. E, de acordo com Dinneen, os contratos futuros de álcool lançados na bolsa americana serão um bom instrumento de mercado para os produtores.

A expectativa da associação é de que a produção de álcool nos Estados Unidos atinja cerca de 4 bilhões de galões, ou 15,1 bilhões de litros. A produção americana cresceu 145% desde o ano 2000 e poderá ultrapassar o Brasil, caso os investimentos no país fiquem estagnados, de acordo com analistas de mercado.

Segundo McDougall, da Fimat, o lançamento de novos contratos de álcool reflete o otimismo do mercado americano em relação ao produto. Os investidores, entretanto, ainda se sentem inseguros em relação às opções disponíveis no mercado. “Os investidores querem primeiro ver qual contrato terá maior liquidez para decidir operar”, afirmou.

McDougall lembrou que os contratos de Nova York, lançados em maio do ano passado, não têm correspondido às expectativas dos investidores. “Havia uma expectativa de que esses contratos seriam revisados”, disse. Segundo ele, a Nybot ainda insiste em atrair os investidores para esses contratos ainda não-revisados. Para ele, ainda é cedo para fazer previsões sobre o bom desempenho dos novos contratos lançados em Chicago.

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