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EUA buscam autossuficiência em energia no biocombustível

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, delineou uma estratégia para aumentar a produção de biocombustível, em uma tentativa de pôr o país na rota da independência energética e, ao mesmo tempo, equilibrar o custo ambiental de combustíveis baseados em cereais.

A ação é parte de do esforço do governo para angariar votos para um projeto de lei sobre mudança climática que se encontra no Senado e tem como objetivo estimular a produção de uma fonte de energia de baixa emissão de carbono e ajudar o país a reduzir sua dependência de combustíveis fósseis importados.

A lei climática enfrenta novos obstáculos, depois que o Estado de Massachusetts elegeu um político de oposição para o Senado, acabando com a maioria governista que permitiria evitar obstruções e manobras regimentais.

A estratégia de biocombustível, que também busca reduzir o desemprego, está descrita em um relatório elaborado pelo G! rupo de Trabalho Interagências para Biocombustível, um órgão que o presidente estabeleceu para ajudar a estimular investimentos na área e melhorar a qualidade ambiental da indústria. O objetivo é pôr o país no caminho de cumprir a meta de produzir 136 bilhões de litros de biocombustível até 2022. “Trata-se de uma meta substancial, mas uma que os Estados Unidos podem atingir ou superar. No entanto, a performance histórica e o comportamento normal do mercado não nos levarão a ela”, diz o relatório.

Os Estados Unidos estão muito distantes da meta agora, com uma produção de apenas 45 bilhões de litros ao ano, em sua maior parte etanol de milho.

O relatório oferece soluções para eliminar as dificuldades enfrentadas, por exemplo, no transporte do etanol do Meio Oeste para o litoral. Entre as dificuldades está a demora dos postos de combustível em adotar bombas para fornecer um combustível que seja majoritariamente etanol, o chamado E85 e a falta de oleodutos para biocombustíveis.

O apoio oficial ao etanol poderá aumentar o respaldo político de Obama nos Estados onde a plantações de milho, já que o biocombustível leva a um aumento da demanda pelo grão.

O grupo de trabalho afirmou que estratégias mais intensas de gerenciamento poderiam ser usadas para conseguir maior produção na mesma quantidade de terras, e também reduzir a pressão para expandir a produção em terras ambientalmente sensíveis ou marginalmente viáveis.

Ainda de acordo com o grupo de trabalho, quanto mais fazendas e florestas forem usadas para fabricar biocombustíveis, mais será necessário considerar cuidadosamente as práticas de produção de confinamento e a localização de fábricas de conversão de biomassa, para evitar sérios impactos ambientais.

Sobre financiamentos, o grupo informou que programas de pesquisa e garantia de empréstimo dos Departamentos de Agricultura e de Energia poderiam ser planejados com mais eficiência para apoiar a indústr! ia emergente. Os desenvolvedores de combustíveis de nova geração vêm reclamando que é difícil conseguir as garantias de empréstimo do Departamento de Energia porque a economia da indústria não se ajustou aos projetos de finanças nos modelos tradicionais.

Reconhecimento

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, EPA) confirmou ontem que o etanol de cana-de-açúcar é um biocombustível renovável de baixo carbono, que pode contribuir de forma significativa para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O anúncio, que contém a regulamentação final da lei que define a produção e uso de biocombustíveis nos Estados Unidos (Renewable Fuel Standard, RFS2), também designa o etanol de cana como biocombustível avançado, capaz de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50% , quando comparado com a gasolina.

Relações com a China

O presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu ontem! ser “muito mais firme com a China para fazer com que a nação asiática cumpra as regras comerciais estabelecidas entre ambos os países”, mas afirmou que os EUA prejudicarão a si mesmos se rejeitarem os atuais acordos.

“A abordagem que adotamos [com Pequim] é a de tentarmos ser bem mais firmes sobre a aplicação das regras existentes, mantendo a pressão sobre a China e sobre outros países para que abram seus mercados de maneira recíproca”, disse Obama. “Um dos desafios com que temos de lidar internacionalmente é o das taxas de câmbio e como elas se combinam”, acrescentou.

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