Ethanol Summit discute certificação de biocombustíveis
As contribuições do setor sucroenergético brasileiro para o processo de certificação dos biocombustíveis no mundo serão amplamente discutidas durante o Ethanol Summit 2009, que acontece de 1º a 3 de junho, no Sheraton WTC Hotel, em São Paulo, SP.
No dia 2 será realizado o painel “Biocombustíveis Certificados: Como chegar lá”, com a participarão o presidente da BSI, Daudi Lelijveld, da diretora de certificação de sistemas e serviços da SGS Brasil, Rosemary Vianna, e o CEO da RFA (Agência de Combustíveis Renováveis), Nick Goodall.
Em abril deste ano foi concluída uma consulta pública liderada pela BSI – Iniciativa de Melhores Práticas para Cana-de-Açúcar – para criar regras de certificação. Com base nisto, ainda em junho serão iniciados testes piloto em vários países produtores de cana-de-açúcar.
Brasil e Índia estão entre os países que farão os testes, por serem os maiores produtores mundiais, diz a assessora internacional da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), Géraldine Kutas. Sua expectativa é de que a certificação fique pronta no primeiro semestre de 2010.
Trata-se de um padrão voluntário internacional que será fornecido pela BSI. A adesão não deverá ser total, porém significativa, uma vez que grandes compradores exigirão a certificação dos fornecedores de açúcar e dos produtores de etanol de cana-de-açúcar. Quem não for certificado perderá negócios.
A certificação pode ser um requerimento legal, presente na legislação de alguns países, caso da União Européia, onde entrará em vigor em 2010. Pode ser também privada, voluntária, exigida, por exemplo, pela indústria petroleira, consumidora de biocombustível.
Segundo Géraldine, o objetivo é tornar o produto sustentável, ao acrescentar que embora haja muitas iniciativas, ainda não existem empresas certificadas, o que deverá ocorrer nos próximos meses. “A certificação voluntária é mais abrangente que as regras estabelecidas em uma legislação, já que esta precisa ser de caráter geral, para não ficar engessada”.
