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ETH e Amyris usarão cana para produzir intermediário químico

A ETH Bioenergia, que inaugura mais uma usina nas próximas semanas e elevará a capacidade de moagem de cana para 37 milhões de toneladas na safra 2012/13, dá mais um passo em direção à criação do conceito de biorrefinaria, que visa a retirada do maior valor agregado possível de um quilo de cana. A ETH e a californiana Amyris Inc. assinaram memorando ontem para a formação de uma joint venture para a produção de farneseno renovável, um derivado da cana com aplicações nas indústrias cosmética, farmacêutica, de fertilizantes e que serve como intermediário químico.

Essa produção trará mais valor agregado, principalmente porque esse é um produto com interesse tanto do mercado interno como do externo, diz José Carlos Grubisich, presidente da ETH Bioenergia. As duas empresas passam agora para a análise dos custos e do projeto. A unidade industrial para a produção do biofarneseno ocorrerá dentro de uma das usinas da ETH.

Os investimentos, ainda não definidos, deverão ficar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. As duas empresas esperam que o novo produto já esteja no mercado em 2014. O objetivo é ter escala para que o produto permita, inclusive, a produção de biodiesel vindo da fermentação da cana. A ETH destinará até 2 milhões de toneladas de cana para a produção do biofarneseno. Na próxima safra, a empresa terá 26 milhões de toneladas de cana à disposição para moagem.

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