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ETH busca a liderança em etanol até 2012

A ETH Bionergia, controlada pelo grupo Odebrecht, traça planos ambiciosos para se tornar líder na produção de etanol no Brasil. Os esforços têm sido grande para quem fez sua estreia no setor sucroenergético em 2007.

Nesta quinta-feira, a empresa anunciou a incorporação dos ativos da Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco), com a criação de uma nova companhia mais robusta para concorrer de igual para igual com grandes players do mercado, como a Cosan, líder global, LDC-SEV e a Bunge. Ao contrário das suas concorrentes, não interessa para a ETH avançar em açúcar.

Com a combinação dos ativos da Brenco, a ETH projeta uma capacidade de produção de 40 milhões de toneladas de cana em 2012.

A nova companhia conta com sete unidades produtoras, duas delas da Brenco, que deverão entrar em operação no início da safra 2010/11. Há outros projetos em andamento, tanto da ETH como na Brenco.

Segundo José Carlos Grubisich, presidente da ETH, a nova companhia terá condições de abrir capital até o fim de 2011.

Em entrevista a jornalistas em São Paulo, Grubisich e Henri Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras, que estava à frente da Brenco, apresentaram a nova companhia. Reichstul, que foi responsável por fazer aliança com vários investidores internacionais para criar uma empresa voltada somente para o etanol, deverá deixar a companhia nas próximas semanas.

A nova empresa não descarta aquisições e também alianças com possíveis parceiros estratégicos. No mercado, há informações de que a Petrobras poderá se tornar nova sócia da companhia. A ETH já tem parceria com a trading japonesa Sojitz, que também faz parte da nova companhia.

A expansão da ETH, seja no mercado interno e externo, e projetos de alcodutos, deverá ser financiada com capital do mercado, quando a empresa for à bolsa.

A nova empresa, a mesma ETH, tem ativos avaliados hoje em R$ 7,2 bilhões em 2012. Nos próximos dois anos, receberá aporte de R$ 3,5 bilhões, parte de capital de acionistas e a outra parcela de empréstimos, cujas linhas de crédito já estão ou liberadas ou em processo de aprovação.

A Brenco deverpa captar com acionistas R$ 655 milhões, dos quais R$ 275 milhões de dinheiro novo e R$ 380 milhões de dívidas convertidas em ações. A expectativa é que metade desse aporte seja feito pelos três principais acionistas da Brenco, o BNDESPar, os fundos Ashmore e Tarpon. O conselho de administração da ETH Bioenergia terá dez integrantes, dos quais 7 da Odebrecht e da japonesa Sojitz Corporation, que te 33% da ETH, e o restante dos assentos será preenchido por um representante do BNDESPar, outro da Ashmore e outro da Tarpon, que juntos detinham quase 70% da Brenco, antes da incorporação.

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