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Etanol voltará a subir e litro chegará a R$ 1,50

Após redução de 38,9% no preço do etanol nos últimos 40 dias (de R$ 2,26 para R$ 1,38), o produto voltará a subir. Em plena safra da cana-de-açúcar, quando há um barateamento dos seus derivados, um reajuste de 8,69% deve elevar os preços do biocombustível nas bombas para até R$ 1,50 (litro) até o fim desta semana, segundo informações do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo).

No caso da gasolina, que contém 25% de etanol anidro, a variação deve chegar a R$ 0,03 centavos sobre a cotação atual de R$ 2,57/l. Nem mesmo a regulação do mercado do etanol proposta pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), prevista para ser discutida em audiência pública no dia 1º de julho deve conter a escalada de preços. “O que se organiza é mais a logística da distribuição, beneficiando atacado e não varejo”, opina professor de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Antônio Humberto de Oliveira ao analisar documento disponível no site da agência.

Para a indústria sucroalcooleira do Estado, preço abaixo de R$ 1,60 na bomba não remunera a atividade e dificulta investimento na produção, avalia o diretor-executivo do sindicato, Jorge dos Santos. Nesta semana, em São Paulo, cerca de 300 indústrias readequaram preços e em Mato Grosso a tendência começa a ser seguida. Isso ocorre, diz Santos, porque todas entram em atividade simultaneamente, aumentando a oferta de etanol e reduzindo os preços.

Para a gerente da Watt Distribuidora, Sandra Lorenzetti, as indústrias estaduais poderiam optar por negociar o produto a valores mais competitivos que em São Paulo ou continuar atendendo o mercado local com preços ajustados. “É estranho que esse aumento aconteça em plena safra”. Complementa que na quinta-feira (16), os postos já terão alterado preços. Na previsão do presidente do Sindipetróleo, Al do Locatelli, os consumidores irão pagar, até o final do mês, R$ 1,70 por litro de etanol. “Esse valor de R$ 1,50 é só o custo do posto, porque tem distribuidora repassando a R$ 1,34 (l) e sobre este valor tem Pis e Cofins”.

O diretor da Barrálcool, João Petroni, sustenta que neste ano a produção de cana será menor e a demanda maior. “Então, o preço vai ser reajustado mais cedo do que no ano passado, quando começou a subir a partir de outubro”.

Gazeta Digital

Autor: Silvana Bazani

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