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Etanol tem forte alta na BM&F

O tombo do café e a recuperação do etanol foram os destaques nos mercados agropecuários da BM&FBovespa em novembro. Segundo cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos futuros de segunda posição de entrega negociados na bolsa, o café encerra o mês (o balanço foi fechado no dia 29) com baixa de 9,67% em relação a outubro, enquanto o biocombustível sobe 7,91% na comparação.

Em linha com o mercado internacional e sob a influência do aumento das vendas por parte dos produtores brasileiros, o café, com a forte baixa registrada, ampliou as perdas acumuladas que já amargava neste ano e nos últimos 12 meses. Em relação à média de dezembro, o resultado de novembro é 34,54% inferior; sobre novembro de 2011, a queda chega a 37,93%.

“Essa época já é um período que tem mais movimento mesmo, independente do mercado bom ou ruim. Mas o fato é que o preço veio caindo nos últimos 40 dias e se estabilizou. O produtor vê isso e se preocupa em vender”, afirmou ao Valor PRO, na quarta-feira, Cláudio Brito, da L&C Corretagem de Café, com sede em Varginha (MG).

A soja também recuou de forma expressiva na bolsa brasileira, na esteira do comportamento das cotações em Chicago (ver acima). A média do grão neste mês é 6,11% menor que a de outubro, mas ainda 15,32% maior que a de dezembro e 14,19% superior a de novembro do ano passado. Mas nada que preocupe muito os produtores do país, que já venderam antecipadamente grande parte da futura colheita com cotações mais elevadas e remuneradoras.

O boi gordo oscilou pouco e os atuais níveis seguem a beneficiar as margens de lucro dos frigoríficos, como bem demonstraram os balanços de JBS, Marfrig e Minerva no terceiro trimestre. Houve queda de 1,01% sobre a média de outubro e, na comparação com dezembro, a baixa é de 0,03%. Nos últimos 12 meses, o recuo chega a 6,67%.

No campo altista, o salto do etanol reduziu um pouco as perdas acumuladas do biocombustível nos últimos meses. Sobre a média de dezembro, a deste mês ainda é 9,9% menor; na comparação com novembro de 2011, chega a 13,96%. Segundo o Cepea/Esalq, a demanda foi particularmente forte na primeira metade do mês, quando as distribuidoras procuraram se abastecer por causa do feriado nacional do dia 15, e a oferta foi menor devido à finalização da moagem de cana em algumas unidades paulistas.

O milho, finalmente, foi na contramão da bolsa de Chicago e fecha novembro com preço médio 4,65% superior ao de outubro, o que ampliou suas altas acumuladas neste ano para 30,54% e nos últimos 12 meses para 20,84%. Segundo a consultoria Céleres, a oferta já mais enxuta e as exportações aquecidas por conta da redução da produção nos EUA colaboraram para a valorização. (FL e MC)

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