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Etanol freia demanda por gasolina

O consumo de etanol hidratado cresceu em junho, limitando a expansão da demanda pela gasolina, de acordo com dados divulgados ontem pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom).

Segundo o vice presidente da entidade, Alísio Vaz, as vendas de hidratado das associadas do Sindicom aos postos de combustíveis atingiram 648 milhões de litros em junho, crescimento de 31% em relação aos 496 milhões de litros verificados em maio.

Já em relação a igual período do ano anterior, as vendas caíram 15,5%. As empresas membros do Sindicom representam 60% deste mercado. Vaz informa que, em relação à gasolina, as vendas das empresas aos postos ficaram em 2,029 bilhões de litros, queda de 3% em relação aos 2,09 bilhões de litros verificados em maio, mas crescimento de 19% em relação aos 1,7 bilhão de litros verificado em junho de 2010. O Sindicom representa 75% do mercado de gasolin a do Brasil.

“Os dados mostram que o melhor preço do hidratado nos postos levou a um aumento do consumo do etanol, limitando o consumo de gasolina”, disse.

Porém, com os preços do hidratado voltando a subir, o executivo acredita que o consumo do hidratado não deverá crescer mais, se estabilizando ao redor do volume registrado em junho. Vaz projeta, a partir das vendas de 648 milhões de litros de hidratado registradas em junho e que representam 60% do mercado de etanol, que as vendas mensais de hidratado – incluindo não associadas ao sindicato – devem ficar em torno de 1,2 a 1,3 bilhão de litros por mês no restante do ano.

“O atual nível de consumo de etanol deve ser mantido porque os preços registraram um patamar confortável em torno de R$ 1,15 por litro ao produtor”, disse. Para ele, se este volume de consumo for concretizado, o País chegará ao final da atual safra com uma economia de 1 bilhão de litros de hidratado, montante suficiente para criar um colchão que evitará a volatilidade nas cotações.

Já em relação à gasolina, Vaz estima um crescimento de 19% no consumo do combustível no mesmo período. “A política de preços fixos da Petrobras continuará beneficiando a gasolina em detrimento do etanol, já que os preços estáveis não irão pressionar a inflação”, disse.

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