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Etanol: Ferrovias e Navios de olho no futuro das exportações

Durante o Fórum de Etanol IETHA: Logística para Exportação de Etanol – Transportes Ferroviário & Marítimo, ocorrido no dia 02 de setembro, no Hotel Meliá, em São Paulo, que reuniu as principais empresas do setor de etanol e logística, além de pesquisadores, técnicos e imprensa, evidenciou dois principais transportes no escoamento do etanol para fora do País, o transporte ferroviário – cuja atuação para o setor ainda é pequena, mas deveria ser ampliada; e o marítimo, com suas peculiaridades técnicas.

O crescimento ainda tímido da atuação das malhas ferroviárias para a exportação do etanol é uma dessas questões. Porém, com a demanda crescente de álcool combustível, as grandes empresas do setor começam a investir mais fortemente.

A Vale, que esteve presente no Fórum, no debate sobre Transporte Ferroviário, investiu entre 2003 e 2008 cerca de US$ 5 bilhões em infraestrutura e logística; sua malha v! iária está presente em parte das principais regiões produtoras, como o sul de Goiás, Triângulo Mineiro e Ribeirão Preto (SP), que conduzem até os portos de Santos, Complexo Portuário de Tubarão (ES) e Terminal Marítimo de Sergipe.

Já ALL-Logística possui hoje 3.200 vagões tanques para graneis líquidos – commodities que representam 16% do volume transportado, incluindo etanol. Com forte atuação para a distribuição de álcool no mercado interno, que leva do Centro-sul até regiões do Sul do País, a ALL tem aumentado sua participação no escoamento do etanol exportável através do Porto de Paranaguá (PR). O volume de etanol transportado pela ferrovia cresceu 38% no primeiro semestre de 2009, comparado ao mesmo período do ano anterior.

Durante o Encontro, outro tema que ganhou destaque foi o debate sobre o transporte marítimo. Na mesa composta pela Brazilship, empresa de fretamento marítimo, e Odfjell, armador, apresentou os principais desafios para o setor. Entre eles a que! stão do etanol ainda não ser considerado uma commodity agrícola para o mercado internacional. Além disso, a falta de rotas regulares; a falta de adequação dos portos de recebimento em todo o mundo; o uso de navios de cargas químicas para transportar o etanol, que consequentemente gera um novo processo na cadeia, a limpeza especifica; e mesmo que houvesse navios apenas para etanol, os custos da volta desses navios vazios; e a atual capacidade dos portos brasileiros.

Este último assunto inclusive largamente debatido na mesa Terminais Portuários, que contou com a presença da Associação Brasileira de Terminais Líquidos (ABTL), além dos principais terminais atuantes no setor, Copape, Vopak e Oiltanking.

O Fórum também reuniu empresas como Cosan, Copersucar, Astra Oil, Bauche Energy para o debate de outros temas que envolvem a cadeia logística de exportação do etanol. Além das apresentações dos projetos futuros de alcodutos da Centro-sul e da Uniduto, com previsão de início das atividades, formato de escoamento pelos dutos e investimentos.

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