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Etanol é fonte para reduzir emissão de gás de efeito estufa, diz Observatório do Clima

 

O emprego de fontes limpas na matriz energética, como o etanol de segunda geração, é indicado para conter o avanço das emissões de gases de efeito estufa pelo Brasil.

A avaliação é de André Ferretti, coordenador-geral do Observatório do Clima (OC), rede de entidades da sociedade civil formada com o objetivo de discutir a questão das mudanças climáticas no contexto brasileiro.

“É preciso diversificar nossa matriz energética, investindo em fontes limpas como o etanol de segunda geração”, destaca Ferretti em material para a imprensa sobre recente estimativa emissões de gases de efeito estufa do Brasil.

Conforme o relatório, as emissões de gases de feito estufa no Brasil em 2014 permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, apesar da queda de 18% na taxa de desmatamento da Amazônia.

Captura-de-pantalla-2014-05-06-a-las-17.10.40A informação consta de estimativa do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima. Segundo os dados do SEEG 2015, o Brasil emitiu no ano passado 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (t CO2e), uma redução de 0,9% em relação ao 1,571 bilhão de toneladas emitidas em 2013.

O crescimento foi puxado pelos subsetores de transportes, que está emitindo 3% mais do que em 2013; de geração de eletricidade, que teve um aumento de 23%, devido principalmente ao acionamento de usinas termelétricas fósseis para fazer frente à seca que esgotou os reservatórios das hidrelétricas no Nordeste e no Centro-Oeste/Sudeste do país; e de produção de combustíveis, que teve aumento de 6,8% nas suas emissões em razão da produção e do refino de óleo e gás — que inclui a exploração do pré-sal.

“São níveis de emissão incompatíveis com o estado da economia, que ficou estagnada no ano passado”, diz André Ferreira, presidente do Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente), que coordenou as estimativas do SEEG de energia e processos industriais.

“A participação das usinas termelétricas na geração de energia para compensar a crise hídrica que afetou as hidrelétricas foi protagonista nesse resultado”, afirma André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário e coordenador-geral do Observatório do Clima. “É preciso diversificar nossa matriz energética, investindo em fontes limpas como a eólica e o etanol de segunda geração.”

 

 

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