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Etanol do Brasil terá destaque em Copenhague

O presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, embarcará para Copenhague no sábado, animado com as boas perspectivas para a imagem do etanol brasileiro na Conferência do Clima. Ele diz não acreditar que a reunião de Copenhague resultará em um acordo multilateral entre os países participantes, mas afirma que o encontro será um ótimo espaço para a discussão de questões ligadas ao etanol. De acordo com ele, existe maior entendimento, hoje, de que o etanol é um combustível com menor teor de carbono e que possui um enorme potencial para redução de emissões de gás carbônico.

Jank assinala que, em 34 anos, desde o início do programa de etanol no Brasil, cerca de 600 milhões de toneladas de gás carbônico deixaram de ser emitidas. O executivo cita que o reconhecimento por parte do Conselho de Qualidade do Ar do Estado da Califórnia (Carb), nos Estados Unidos, de que o etanol de cana-de-açúcar é o mais eficiente na redução das emissões, que atinge cerca de 90%, é um feito que deve ter maiores consequências a partir do próximo ano.

“A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos também está chegando à conclusão de que o etanol de cana é o combustível renovável mais eficiente e que agride menos o meio ambiente”, disse. “Como os Estados Unidos não conseguirão produzir o etanol de celulose em volume suficiente para atingir suas metas, eles precisarão de etanol de cana brasileiro”, afirma o executivo. Para Jank, esta necessidade, vinculada aos benefícios ambientais do produto de cana, deve fazer com que a tarifa de US$ 0,54 por galão para a importação de etanol nos EUA seja extinta a partir de primeiro de janeiro de 2011.

Segundo Jank, as perspectivas externas estão melhorando. Ele acredita que a União Europeia deve seguir o mesmo caminho do Carb e também apoiar o etanol de cana. Jank salientou também que a grande expectativa para Copenhague é de que os países comecem a ter iniciativas individuais. “Pela primeira vez, a Unica participará ativamente do encontro e será responsável por sete eventos”, disse.

No mercado interno, o executivo afirma que o governo precisa enfrentar de forma mais eficiente o problema do desmatamento, além de repensar sua decisão de utilizar usinas térmicas ambientalmente sujas. “Estas são questões fundamentais que espero que o governo esclareça em Copenhague”, disse. (Com agência Estado)

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