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Etanol deve ter papel bem definido na política energética do País

Presidente do Conselho Diretor do INEE, Marcos José Marques afirma que qualquer fonte primária de energia, desde a produção até o seu uso final, deve caminhar na linha da maior eficiência

Assessoria de Imprensa e Comunicação INEE

Em especial a cana de açúcar, base do etanol, pelas suas características específicas, propiciando ganhos importantes à matriz energética do país, inclusive no plano ambiental.

Marques vai participar no dia 4 de maio, em São Paulo, do Seminário “O Etanol na Era do Veículo Elétrico”, realizado pelo Instituto Nacional de Veículos Elétricos – INEE e pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico – ABVE.

EtanolVE

Em um país onde a matriz energética, diferentemente de outros países, possui 47% de sua energia de base renovável, como assegurar que essa condição se mantenha? Na área de transporte, item essencial dessa questão, o que fazer para que o etanol continue a ter um papel preponderante? Para se tornar competitivo, o etanol deve ter seu papel bem definido na política energética do País, especialmente quando o Pré-Sal parece definir os rumos do que pode ser uma linha equivocada.

Marcos José Marques, Presidente do Conselho Diretor do INEE, será coordenador da mesa-redonda “Melhorando e aumentando o uso do etanol” que levantará o debate sobre como usar competentemente as diferentes alternativas energéticas do país fazendo com que o espaço de cada uma seja corretamente utilizado, levando em conta a dependência do Brasil a eventual suprimento externo de energia ou a mercados mais interessantes a serem alcançados pela exportação.

Marques aponta diversos indicadores que devem ser analisados na conformação da matriz energética nacional, em seus diversos segmentos produtivos. Assim, desde a eficiência no uso final, passando pelos ganhos em termos de emprego, saúde, desenvolvimento regional, desenvolvimento tecnológico e impacto ambiental, são vários os aspectos que devem ser examinados para aumentar a competitividade da economia nacional e o bem-estar de sua população. E a cana de açúcar e o etanol têm posição relevante nesse processo.

Veículos a etanol ainda têm potencial enorme de desenvolvimento para aumentar eficiência

Os carros a etanol evoluíram pouco em termos de eficiência desde o término da experiência do PROALCOOL. Durante aquele período foi estabelecido um programa de metas de aumento da eficiência nos automóveis, firmado entre governo e indústria automobilística. Hoje, no entanto, há apenas um guia editado com os níveis de eficiência e emissão dos veículos. Além disso, com o lançamento dos carros flex algumas das características diferenciais do etanol não puderam ser totalmente aproveitadas.

“O carro flex foi um compromisso entre combustível fóssil e etanol, porém a otimização foi quase toda para a gasolina. Em alguns automóveis há uma perda ao abastecer com etanol que varia de 60% a 70% de combustível”, afirma Marcos José Marques.

Hoje o motor flex funciona com a taxa de compressão que permita o uso da gasolina. Um sistema que permitisse ao motor identificar o combustível que está sendo utilizado e trabalhar com o nível de compressão mais adequado tornaria o automóvel flex mais eficiente, tanto com uso da gasolina quanto do etanol. Diversas alternativas são hoje estudadas para tornar o motor a etanol mais eficiente. Várias já estão disponíveis, e é essencial que existam estímulos governamentais para sua implementação.

São Paulo é atualmente o único estado com ICMS do etanol a 12%. No restante do país a alíquota pode chegar a 25%. Recentemente, o governo estuda a redução do IPI para veículos flex com motores de melhor desempenho, o que incentivaria as montadoras a investirem em desenvolvimento e pesquisa. Também está sendo discutida a criação de uma linha de financiamento com o objetivo de incentivar a produção dos carros flex.

Sobre o seminário

Para o debate sobre a alta eficiência do motor exclusivamente a etanol foram convidados Francisco Nigro, professor da Escola Politécnica da USP; Henry Joseph, Gerente de teste e Emissão da VW e presidente da Comissão de Emissões e Meio Ambiente da ANFAVEA; e Marcos Langeani, diretor da Next Engine Technologies.

Sobre os temas da substituição do diesel pelo etanol no transporte urbano e a alternativa do uso do Veículo Elétrico Híbrido a Etanol, participarão dos debates Antonio Vicente Souza e Silva, consultor e diretor técnico da ABVE; Antonio Otelo Cardoso, diretor técnico executivo da ITAIPU Binacional; e Jayme Buarque de Hollanda, diretor geral do INEE.

Haverá também uma mesa redonda que levantará a discussão sobre o uso do etanol de forma mais eficiente, frente a maior complexidade e competitividade potencial da nova matriz energética do país. Com coordenação de Marcos José Marques, presidente do Conselho Diretor do INEE, e participação de Al fred Swarcz, Consultor UNICA; Werther Annichino, Conselheiro da UNICA e COPERSUCAR; Waldyr Gallo, professor UNICAMP / FEM; e Antonio Calcagnotto, Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Renault / Nissan.

Sobre o INEE

Criado em 1994, o INEE promove e/ou desenvolve ações para eliminar imperfeições de mercado que levam ao desperdício de energia. Uma das linhas de atuação relevantes foi o aumento da eficiência no uso dos resíduos de biomassa combustíveis e a geração distribuída para aproximar e a geração elétrica da carga. Defende, também, a eletrificação seletiva e inteligente do acionamento veicular para aumentar a eficiência nos transportes, onde se observam hoje os maiores desperdícios de energia de origem fóssil.

Ambos objetivos vão se tornando realidade. A bioletricidade da cana, hoje significativa, venceu resistência, tanto do setor elétrico quanto do canavieiro. O INEE influiu na tomada de decisões importantes tais como a criação do Produtor Independente de energia elétrica (1998), o reconhecimento da geração distribuída no Marco Regulatório de 2004 e a decisão do BNDES (2006) de incentivar o uso de caldeiras de alta pressão no setor sucroalcooleiro.

O INEE liderou a criação da ABVE – Associação Brasileira de Veículos Elétricos em 2006 para reduzir imperfeições de mercado que tolhem o desenvolvimento desta forma de acionamento.

O Etanol na Era do Veículo Elétrico

Informações pelos telefones (21) 2532-1389 e (21) 8901-0932, pelo site www.etanol-ve.inee.org.br ou pelo email bruna@inee.org.br.

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