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Etanol: Combustível estratégico, problema de segurança nacional

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O assunto etanol continua a ser discutido em diversas esferas do executivo brasileiro e na iniciativa privada. No entanto muito pouco progrediu até então. Falar do déficit do produto no mercado, os motivos pelo qual isto ocorreu, a crise de 2008, as secas, chuvas, etc., são assuntos já debatidos em prosa e verso e não somos nós que vamos voltar a falar de tão vasta gama de argumentos.

Quero abordar um problema mais sério sobre o etanol, isto é, sobre a ótica da segurança nacional. A presidente da Petrobras, a senhora Graça Foster, já disse que o problema do alto custo da gasolina importada e vendida subsidiada no mercado interno, poderia ser resolvido com o etanol. O aumento do preço da gasolina ela almeja, mas não sabe dizer nem o dia nem a hora. Isto é verdade. O superior hierárquico da senhora Graça Foster é o ministro Mantega que sabe que precisa subir a gasolina, mas reluta em tomar esta decisão devido ao aumento da inflação, pequeno, segundo os analistas econômicos.

Mas o Ministério da Defesa, o das Relações Exteriores, o Conselho de Segurança Nacional, não opinam a respeito de um combustível estratégico como o etanol. A guerra entre Irã e Israel pelo ataque de Israel às unidades de enriquecimento de urânio do Irã é questão de dias, quer o Estados Unidos queiram ou não. Ele, Estados Unidos já armou até os dentes Israel para este ataque.

Aí vem a catástrofe! A retaliação do Irã, fechamento do estreito de Ormuz, o envolvimento de outros países da região e fora dela, a consequente e imediata escassez do petróleo, seu preço atingindo valores estratosféricos!

Aí nossas autoridades, de todos os níveis, unanimes, em decisão rapidíssima, resolvem incentivar a produção do etanol, tirando os seus poucos gargalos, dando então financiamentos e incentivos até mais do que necessários.

Aí será tarde!

Uma nova unidade produtora de etanol, das mais de 100 necessárias até 2020, leva quatro anos para iniciar sua produção, desde os primeiros plantios da cana até a unidade começar a produzir, e assim mesmo, somente em torno de 50% em relação a sua produção projetada.

Nos próximos anos o povo brasileiro vai comer o pão que o diabo amassou.

Inflação lá nas alturas, os ricos tendo como se defender e os pobres como sempre, arcando nas costas, já vergadas, com falta de competência para resolver o problema que aí está há muitos meses.

De tantas vantagens e necessidades do etanol para a economia do país, até agora não entendidas e não atendidas, surge esta nuvem escura pela frente!

O problema agora é de segurança nacional.

Ricardo Caiuby de Faria é diretor da Sucral Engenharia e Processos Ltda

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