Etanol cai na região, mas não em Ribeirão

A queda no preço do etanol nas usinas, após o início da safra de cana, já gerou reflexos nos valores cobrados nas bombas de combustíveis em cidades da região, mas não em Ribeirão Preto.

O preço menor já foi registrado, por exemplo, em Franca que, em relação à semana anterior, teve queda média de R$ 0,08 no preço do litro.

Na cidade, o etanol está em média R$ 2,149, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Há, no entanto, locais que vendem o combustível a menos de R$ 2.

Já em Araraquara, a queda no preço do litro foi de R$ 0,03 (R$ 1,968) e em São Carlos, de R$ 0,01 (R$ 2,060).

Ribeirão Preto (R$ 2,165) não registrou variação no preço do etanol, assim como a média de preços no Estado de São Paulo (R$ 2,069).

Apenas em Araraquara e São Carlos o etanol permanece num valor abaixo de 70% do preço da gasolina. Até esse percentual, é vantajoso abastecer com o combustível.

A partir da próxima semana, com o início da moagem na maioria das usinas na região, é esperada nova baixa.

“Ainda há poucas usinas moendo. Quando começar mesmo, a tendência é de queda”, disse o presidente do Sincopetro (sindicato dos postos) em Ribeirão, Oswaldo Manaia.

Para Marcos Antônio Nascimento, presidente do sindicato em Franca, o preço caiu para eliminar o estoque.

“Como hoje quem tem carro flex está optando pela gasolina, usinas e distribuidoras baixaram o preço para zerar o estoque”, disse.

Ele espera queda mais acentuada no início de maio.

O indicador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, registrou queda mais acentuada no preço do etanol hidratado (usado diretamente no carro) na semana encerrada no dia 4, de 6%.

O preço do etanol nas usinas vinha sofrendo quedas entre 0,1% e 2,5% desde a última semana de fevereiro.

A análise do instituto é de que a baixa demanda das distribuidoras também derrubou os preços.

“Geralmente as distribuidoras repassam mais rápido uma elevação nos preços do que uma queda”, afirmou o analista João Rissi, da consultoria FGAgro.

(Fonte: Folha de S. Paulo)