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Etanol brasileiro continuará com o menor custo de produção por dez anos

A corrida mundial pela hegemonia no mercado de biocombustíveis passa por avanços na produtividade e pela significativa redução dos custos de produção. Atualmente, o Brasil é o país que menos gasta em toda a cadeia de produção de fontes limpas. Segundo projeções da Agência Internacional de Energia (AIE), o etanol produzido a partir de cana-de-açúcar deve continuar na liderança dos biocombustíveis mais baratos por mais dez ou 20 anos.

Os benefícios de produzir com baixo custo podem ser mensurados pela participação das fontes renováveis no transporte rodoviário, historicamente dominado por derivados de petróleo. No Brasil, cerca de 16% dos combustíveis usados em automóveis são de origem renovável.

No entanto, a proporção mundial é de apenas 1%, mesma porcentagem verificada na União Européia e nos Estados Unidos. Mesmo cotado para manter-se como o país com produção mais barata, o Brasil deverá ser seguido de perto por americanos e europeus.

De acordo com Pierpaolo Cazzola, analista de energia da AIE, o motivo é a queda mundial dos preços, que tende a aproximar países no ranking de menor custo de produção. Presente no encontro Sugar and Ethanol Brazil, realizado em São Paulo, Cazzola indicou que, mesmo assim, a redução de gastos não será suficiente para que outros países atinjam a liderança.

Os Estados Unidos, país que mais deve se aproximar do Brasil no ranking de custo de produção, não deve alcançá-lo até 2030. Para a AIE, os gastos americanos com operação, produtos químicos e energia ainda serão altos e garantirão o primeiro lugar ao Brasil.

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