Etanol: apoio do exterminador

O Brasil espera contar com um aliado musculoso em sua estratégia de vender mais etanol para os EUA e estabelecer uma parceria político-científica com Tio Sam nesse setor: o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. Seu interesse em aderir a essa iniciativa foi percebido pelo embaixador do Brasil nos EUA, Roberto Abdenur, numa conversa.

— Schwarzenegger apóia nosso esforço e deverá visitar o Brasil para ver nosso programa do etanol, provavelmente após as eleições, em que concorre à reeleição — disse Abdenur.

A simpatia do “Exterminador do futuro” pela empreitada brasileira, lançada pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, tem a ver com a preocupação da Califórnia com a proteção ambiental. O etanol, combustível não-poluente, já é consumido naquele estado, o mais rico dos EUA. O Produto Interno Bruto (PIB, conjunto das riquezas produzidas) estadual, de US$ 1,5 trilhão, é o dobro do brasileiro.

Além disso, uma lei aprovada nos EUA determina que, em breve, o etanol substitua um aditivo poluente adicionado à gasolina.

— Isso vai encarecer a gasolina, pois como os EUA não têm uma produção de etanol suficiente para suportar essa nova demanda, o país terá que importar mais álcool do Brasil — afirmou o embaixador.