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Estudo revela quanto uma usina de cana consegue evitar de emissões de gases do efeito estufa

Estudo revela quanto uma usina de cana consegue evitar de emissões de gases do efeito estufa

Estudo a ser oficialmente divulgado em 06/09/17 revela quanto é possível evitar de emissões de gases do efeito estufa a partir da produção de etanol, de sua queima como combustível e do processamento e transporte da cana-de-açúcar.

O estudo é da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e contempla inventário de emissões de gases do efeito estufa (GEE) realizado pela Odebrecht Agroindustrial, controladora de nove unidades produtoras localizadas em seis polos produtivos de quatro estados.

O documento, a ser apresentado na conferência internacional de análise de ciclo de vida (ACV), Life Cycle Management, que acontece nesta semana, em Luxemburgo, confirma aspectos positivos do combustível em relação a similares como gasolina e etanol de milho.

Apesar de focar as unidades sucroenergéticas da Odebrecht Agroindustrial, o estudo apresenta informações sobre quanto de emissão de GEE é evitada com a cana-de-açúcar.

Biomassa

As unidades da Odebrecht, por exemplo, têm capacidade de produção anual de 3 bilhões de litros de etanol e 3,1 mil GWh de energia elétrica a partir de biomassa.

De acordo com o inventário de emissões realizado pela companhia sucroenergética, as emissões evitadas pelo uso do etanol da empresa somaram 4 milhões de toneladas de CO2 equivalente na safra 2016/17.

O estudo da FGV aponta que as emissões evitadas da fase agrícola (produção e transporte de cana-de-açúcar) da Odebrecht Agroindustrial representam cerca de 76% das emissões totais de GEE do produto.

A produção industrial e a distribuição de etanol representam, em conjunto, cerca de 17% e a queima de etanol como combustível representa cerca de 7%.

“Os resultados do trabalho servem para a construção de diagnósticos que identificam os pontos relevantes tanto da parte de emissões de GEE quanto do uso consuntivo de água. A partir disso, aprimoramos indicadores internos para a melhoria dos nossos controles na produção de etanol”, acrescenta Mônica Alcântara, responsável por Sustentabilidade na empresa.

“Em tempos de discussão sobre o RenovaBio, o estudo ratifica que o etanol é uma alternativa real para a redução dos impactos em mudanças climáticas e tem potencial para contribuir com as metas estabelecidas pelo Brasil no Acordo de Paris”, afirma.

 

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