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Estudo pode prejudicar plantio de cana no Estado

Um estudo econômico sobre o plantio de cana-de-açúcar elaborado pela Unicamp de São Paulo e encaminhado à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, tem gerado preocupação em relação à possível exclusão do Estado no zoneamento da cana. Sem dar detalhes do estudo, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira (PMDB), diz que o documento elenca uma série de empecílios relacionados à inclusão do Rio Grande do Sul no zoneamento.

O parlamentar afirma que até agora todas as tratativas sobre esse assunto têm sido encaminhadas ao Ministério da Agricultura. “Agora, com o envio desse estudo para a Casa Civil, temo que todos os argumentos e as pesquisas de entidade como Embrapa, Fepagro e Emater, que dão viabilidade para o plantio aqui no Estado, não cheguem à ministra Dilma”, afirmou.

Moreira frisou que não existe nenhuma confirmação sobre a exclusão do Rio Grande do Sul do zoneamento, mas destacou a importância de se ficar alerta sobre essa manobra. “Precisamos ficar atentos, pois a força política de São Paulo é muito grande e os paulistas temem perder o Rio Grande do Sul como um de seus grandes compradores de álcool”, disse.

Se o estudo da Unicamp for encampado pelo governo federal, será uma “retaliação aos produtores gaúchos, uma vez que estudos técnicos e científicos comprovaram que há plenas condições de zoneamento agroclimático para o plantio de cana no Estado.” De acordo com ele, a produtividade é igual ou superior à do Paraná e de São Paulo.

O deputado estadual Heitor Schuch (PBS) desconhece o estudo e diz que não há novidades em relação ao processo que irá definir a inclusão ou não do Estado no zoneamento. “Em uma das reuniões com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ele confirmou que o Estado teria 800 mil hectares incluídos no zoneamento e achamos estranho que agora seja necessário fazer novos estudos”, afirmou.

O deputado Alceu Moreira lembrou ainda que a decisão de incluir o Estado no zoneamento agroclimático para produção de cana, a partir da redução das exigências como o grau da temperatura da região, foi uma garantia dada pelo ministro ao secretário da Agricultura, João Carlos Machado, na audiência realizada no dia 6 de agosto, em Brasília.

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