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Estudo mostra impacto de novas tecnologias na produção de etanol de milho

Um estudo publicado no final de abril pela Universidade de Illinois, em Chicago, apresenta dados que mostram de que forma o investimento tecnológico está elevando a produtividade do etanol nos Estados Unidos, maior produtor mundial do biocombustível. O foco do estudo é o etanol de milho, principal matéria-prima para a obtenção do combustível na América do Norte. Intitulado “2012 Corn Ethanol: Emerging Plant Energy and Environmental Technologies”, o relatório revela que as inovações tecnológicas melhoraram a produtividade do etanol e diminuíram o consumo de energia nesta indústria em 9%, entre 2008 e 2012.

Feito com base nos dados de mais da metade das 162 usinas de etanol dos EUA, o documento aborda a adoção de novas tecnologias para a redução dos impactos ambientais decorrentes da produção de biocombustíveis e do consumo energético, tanto na lavoura quanto na fase de refinaria. Os modelos empregados no estudo mostram que “dependendo da tecnologia adotada e do coproduto desejado, o consumo de energia das modernas usinas de etanol de milho varia entre 19.500 e 26.500 Btu por galão”. Os autores, Steffen Mueller e John Kwik, afirmam que o rendimento das usinas chega a 2,89 galões por bushel ou 430 litros por tonelada.

Reflexos na lavoura e na usina

O estudo também compreende outras tecnologias adotadas recentemente que promovem o aumento da eficiência durante a fase de produção do milho. “Por exemplo, ao longo dos últimos anos, a produtividade do milho também ampliou a quantidade de palha de milho e de outros materiais gerados pelos híbridos modernos. Com isso, os produtores começaram a transportar a palha de milho para ração animal nas instalações de confinamento”, destaca o estudo. Para os pesquisadores da Universidade de Illinois, a adoção de inovações nas usinas ocorre simultaneamente ao surgimento de tecnologias emergentes na produção agrícola. Neste sentido, a produção foi beneficiada pela queda nos custos, nos últimos anos, das tecnologias de monitoramento remoto e do desenvolvimento de novos híbridos, resistentes a doenças e tolerantes a agrotóxicos.

Para Bob Dinneen, presidente da Renewable Fuels Association (RFA), entidade que representa o setor nos EUA, “atualmente, a indústria de etanol está usando menos energia e água do que nunca e significativamente reduzindo as emissões de gases de efeito estufa associadas com o ciclo de vida do etanol de milho”. De acordo com a RFA, em 2012, a indústria norte-americana de etanol gastou US$ 39,1 bilhões para produzir 50,3 bilhões de litros de etanol. A entidade estima que o setor de biocombustíveis tenha investido, no ano passado, US$ 1,7 bilhão em pesquisa e desenvolvimento (P&D), sendo que somente a indústria de etanol contribuiu com US$ 43,4 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA.

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