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Estatização na Bolívia é criticada pela Petrobrás

A Petrobrás criticou a decisão do governo da Bolívia de estender o monopólio estatal a toda a cadeia petrolífera e anunciou que avalia possíveis medidas legais contra o Ministério de Hidrocarbonetos e Energia daquele país. Ontem a empresa divulgou um comunicado questionando a resolução do ministério boliviano, anunciada na terça-feira. Pela nova regra, as petrolíferas terão de entregar os combustíveis líquidos à Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A estatal boliviana se encarregará da comercialização no mercado interno e externo.

A Petrobrás manifesta seu desacordo com a medida do ponto de vista legal, operacional e financeiro, já que isto inviabiliza totalmente os negócios de refino, diz a nota. A companhia ainda opera duas refinarias de petróleo, nacionalizadas pelo governo de Evo Morales em 1º de maio, e detém 51% das ações.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, devem estar amanhã na Bolívia para negociar com o governo e a YPFB o preço do gás vendido ao Brasil. Segundo Rondeau, os bolivianos ainda não apresentaram proposta formal.

ÁLCOOL NA GASOLINA

Ontem, Rondeau defendeu a manutenção da proporção de 20% de álcool anidro na gasolina. Alguns usineiros reivindicam 25%. Em março, com a explosão do preço do álcool, o governo reduziu de 25% para 20% a proporção para preservar estoques e conter os preços. Na época, estimava-se que a medida proporcionaria uma redução no consumo de 100 milhões de litros por mês.

O ministro comentou que não existe consenso entre os usineiros sobre o porcentual. Alguns querem manter os 20% para poderem exportar mais.

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