Gestão Administrativa

“Estamos vendendo etanol 5% acima do que foi vendido no ano anterior”, afirma Fábio Venturelli

Presidente do Grupo São Martinho ressalta que etanol ganhou reconhecimento mundial como solução ambiental

Fábio Venturelli,  CEO da empresa São Martinho fotografado na sede da empresa situada na rua Geraldo Flausino Gomes , 61. FOTO JF DIORIO  / ESTADÃO CONTEÚDO
Fábio Venturelli, CEO da empresa São Martinho fotografado na sede da empresa situada na rua Geraldo Flausino Gomes , 61. FOTO JF DIORIO / ESTADÃO CONTEÚDO

“Temos muito a aprender nessa safra para definir exatamente como vai ser o desenho da próxima, mas de toda forma, eu vejo com otimismo tanto o futuro para o etanol quanto para o açúcar e o papel que o Brasil desempenha nesses mercados”, disse Fábio Venturelli, presidente do Grupo São Martinho, em webinar promovido pelo Itaú BBA.

Ele comentou que a pandemia encontrou a São Martinho em uma condição muito sólida em termos de posição de caixa, de seus canaviais e da estrutura de companhia. “Em uma ação muito rápida conseguimos desenhar um modelo de operação que nos possibilitou iniciar algo totalmente desconhecido e superar o desafio do dia a dia por ser uma empresa essencial”, afirmou.

A companhia teve que fazer um ajuste e mudar seu foco de produção, alterando o mix, que seria mais alcooleiro, mudando a velocidade e a distribuição de comercialização de açúcar ao longo da safra. “A boa notícia agora é que estamos vendendo o etanol 5% acima do que foi vendido no ano anterior”, contou.

Venturelli afirma que ainda existe um grande desafio pela frente, mas a percepção é que a safra vem se desenhando para ser uma temporada de grandes resultados. “É importante ver a resiliência do homem do campo, a consciência e dedicação de cada um, que tem nos ajudado a prosseguir com as atividades, além de levar todo esse aprendizado para as famílias. Como também os líderes, que conseguiram manter a conexão independente da distância. Isso é uma história de sucesso que mostra a força do agronegócio brasileiro”, avalia.

O presidente da São Martinho também ressaltou que o etanol ganhou reconhecimento mundial como inimigo 1 contra o coronavírus, se referindo aos atributos do biocombustível como solução para reduzir emissões de CO2 e prevenir doenças respiratórias.

“O aprendizado que fica é que é preciso se planejar com uma janela de possibilidades muito maior do que aquilo que você imagina que vai ser o cenário perfeito ou o ideal. Tem um caminho longo para percorrer até a safra 2021/2022”, finalizou.

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