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Estados Unidos batem recorde e visam liderar produção de álcool

A produção de etanol nos Estados Unidos alcançou o nível recorde de 869 mil barris por dia no mês de agosto, que representa cerca de 138,1 milhões de litros do produto. Segundo a Associação dos Combustíveis Renováveis (RFA), este resultado foi obtido principalmente pelo aumento na demanda, que em agosto foi de 911 mil barris por dia, 1,4% a mais se comparado a julho. O etanol é produzido a partir do milho nos EUA.

A RFA estima que as exportações dos EUA devam chegar a 9,5 milhões de barris, ou 1,51 bilhão de litros em 2010, cerca de 2,5% da produção total mundial, de 380 milhões de barris (60,41 bilhões de litros).

De acordo com o porta-voz da RFA, Matt Hartwig, a demanda aumentou por causa da legislação norte-americana, que exige a mistura de 12 bilhões de galões (45,4 bilhões de litros) de etanol à gasolina em 2010. E o consumo deve crescer ainda mais. No mês passado, a Agência de Proteção Ambienta l dos Estados Unidos (EPA) aprovou a elevação da mistura de etanol à gasolina de 10% para 15%.

A medida vale para veículos e caminhões leves de modelos produzidos a partir de 2007 até os modelos novos. O E-15, como é conhecida a mistura de 15%, não afeta os motores e equipamentos de controles de emissões de carros novos e de caminhões leves. A decisão da EPA foi tomada depois que testes intensivos foram realizados pelo Departamento de Energia americana em relação aos efeitos nos motores e nas emissões.

Maior produtor

Diante deste cenário, o Brasil pode perder o título de maior produtor de etanol do mundo. O País foi superado no final do primeiro semestre pelos Estados Unidos em vendas e analistas já apontam que a produção americana está cada vez mais competitiva e pronta para disputar o mercado internacional com o Brasil. Em fevereiro, os americanos deram os primeiros sinais de que poderiam se tornar líderes, ao exportarem 151 milhões de litros, segundo dados d a consultoria F.O. Licht´s. No mesmo mês, as vendas brasileiras ao exterior haviam caído para 120 milhões de litros.

O que parecia uma situação momentânea passou a se repetir nos meses seguintes, com os americanos chegando a exportar acima de 200 milhões de litros de etanol de milho por mês. No final de 2006, capacidade produtora dos EUA era de 4,7 bilhões de galões por ano. Em 2009, o volume havia chegado a 13,8 bilhões de galões, o equivalente a 52,1 bilhões de litros.

A estimativa do setor é de que a produção mundial de etanol cresça até 12% em 2010.

Agência Estado

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